O vigilante suspeito de matar um colega de trabalho na
madrugada de quinta-feira (15) se apresentou à polícia nesta sexta-feira (16).
O crime ocorreu no Centro Náutico da Bahia, no bairro do Comércio, em Salvador.
De acordo com Claudine Passos, delegada do Departamento de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP), o homem afirmou em depoimento que realizou os
disparos após discutir com a vítima, que tinha 28 anos.
"Ele disse que primeiro houve uma discussão
entre ele e o colega por conta de um erro de português que um colega teria
cometido. A vitima teria criticado e ele não gostou. Por volta das 2h, houve
outra discussão. Ele informou que tinha um acordo com os colegas, em que das
22h às 2h dois ficavam dormindo e dois acordados, e das 2h às 5h outros dois.
Ele diz que a vítima o rechaçou, contestou quando ele voltou do alerta, e disse
que ele tinha chegado atrasado. Ele diz que a vitima puxou a arma e colocou na
cabeça dele. Aí ele deflagrou os tiros", descreve a delegada.
No entanto, a delegada Claudine Passos afirma que a
vítima foi encontrada com a arma ainda no coldre. "Ele não recorda quantos
tiros foram efetuados. Depois ele saiu pela porta da frente, encontrou uma van,
e pediu para o motorista levar ele em um bairro de Salvador".
O vigilante foi ouvido e liberado. Segundo a
delegada, nesta sexta-feira será feito o pedido de prisão cautelar dele.
"Tudo foi visto pelos outros vigilantes, pelo porteiro que chegou a
intervir. Todos foram uníssonos em dizer que a vítima não teve reação. A gente
vai estar pedindo as cautelares. O inquérito está praticamente pronto e ele vai
ser indiciado por homicídio qualificado", conclui Claudine Passos.
Travessia
A vítima foi sepultada na manhã desta sexta-feira no Cemitério da Plataforma,
no Subúrbio Ferroviário de Salvador.
Segundo a coordenadora do Centro Náutico, Rosana Costa, o vigilante que morreu
trabalhava no local há sete meses, enquanto que o suspeito de efetuar os disparos
estava na equipe faziam três anos.
O Centro Náutico da Bahia abriga lanchas e saveiros
particulares e também tem saída de embarcações da travessia Salvador-Mar
Grande, Morro de São Paulo, além das escunas de turismo do passeio às Ilhas.
Não houve alterações na saída das lanchas do local por conta do crime, segundo
informações da Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab). Fonte: G1.com/Ba |