A Polícia Militar da Bahia instaurou na manhã desta segunda-feira (20)
um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar as causas e as
responsabilidades do incêndio que destruiu seis viaturas nas
instalações do 10º Batalhão, em Barreiras, no oeste do Estado. O fato
ocorreu na madrugada de hoje. O comando da PM afirma que o crime foi
cometido por policiais que estavam de serviço durante a madrugada.
Dos veículos, apenas dois –ambos modelo Parati, ano 2007– ainda estavam
em uso pela corporação. Os demais aguardavam remoção definitiva do
local. O comando da PM baiana designou o tenente coronel Salomão
Cabral, subcomandante regional do oeste, para presidir o IPM. Segundo
informações do comandante regional, Carlos Menezes da Silva, as
investigações contarão com o apoio direto do Serviço de Inteligência da
PM.
Pelo menos 16 policiais estavam de plantão no local. Todos estão sendo
ouvidos nesta segunda. A polícia técnica também esteve no batalhão para
avaliar os estragos.
"Trata-se de um ato criminosos, nós sabemos disso e muito provavelmente
cometido por gente de dentro do quartel. Não tem como ter sido
praticado por gente de fora. É a única certeza que temos. Não podemos,
agora, apontar a motivação, mas, com as investigações, certamente
chegaremos à materialidade do crime”, disse Menezes da Silva.
Ainda segundo o comandante, assim que o IPM apontar um suspeito, ele
será submetido a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e,
comprovada sua culpa, será demitido da corporação.
Para Menezes da Silva, não há qualquer tipo de ocorrência interna que
possa ter motivado o ato criminoso. "O clima é de tranquilidade e o
batalhão está sempre de portas abertas a todos. Nosso objetivo é
trabalhar cada vez mais dentro do conceito de polícia comunitária,
interagindo com a comunidade, por isso não temos ideia de quem esteja
agindo de uma forma escusa como essa.”
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