A proposta que
aumenta o controle sobre a venda e o cadastramento de telefones pré-pagos foi
aprovada nesta terça-feira (1º) na Comissão de Ciência Tecnologia (CCT) do
Senado. O objetivo do texto que agora segue para Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) é tornar o processo mais rigoroso e evitar que estes aparelhos
sejam usados para a prática de crimes, pelo fato, por exemplo, de não poderem
ser rastreados dificultando as investigações policiais.
As novas regras
previstas no texto, obrigam o usuário a comparecer pessoalmente nas lojas no
momento do cadastramento e os estabelecimentos ficariam obrigados a exigir
apresentação de documentação original ou autenticado, com fotografia guardados
nos arquivos da empresa. As mesmas exigências foram estendidas para
cadastramento de telefones de pessoa jurídica que, além do Cadastro Nacional de
Pessoa Jurídica (CNPJ), deverá apresentar documento de identidade do
representante legal.
"No afã de
comercializar um número cada vez maior de acessos móveis, os prestadores de
serviços e os estabelecimentos comerciais por eles credenciados tendem a
negligenciar as obrigações de cadastro, nem sempre cumprindo as normas
vigentes, o que pode favorecer a utilização dos terminais pré-pagos de serviços
móveis para práticas criminosas", explicou o relator da proposta, senador
Walter Pinheiro, ao alertar que as atuais regras não vêm sendo cumpridas pelas
empresas.
Além de
conseguir a aprovação do projeto, Pinheiro ainda incluiu a possibilidade de
usuários de outros países apresentarem o passaporte como o documento necessário
para o cadastramento. A medida antecipa a previsão dos turistas que devem estar
no Brasil nos próximos anos para participar de eventos esportivos mundiais.
Os senadores da
CCT também aprovaram uma outra matéria que pode atingir tanto as empresas de
telefonia quanto outras concessionárias de serviços públicos. Empresas
responsáveis pelos serviços de energia elétrica e gás, por exemplo, terão que
oferecer ao usuário a opção de receber o documento de cobrança de seus débitos
por meio eletrônico. O projeto também determina que esta obrigação não dispensa
a concessionária de enviar as contas pelos meios convencionais, salvo
manifestação expressa nesse sentido por parte do usuário.
Os parlamentares
consideram que além de dar maior comodidade para o usuário dos serviços, as
mudanças nas regras pode reduzir casos de inadimplência provocados, por
exemplo, por extravio da fatura ou greves dos Correios. O projeto também segue
para decisão terminativa na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania
(CCJ). Fontet: Agencia Brasil |