CENAS FORTES SÓ CLICK SE ESTIVER PREPARADO
CENAS FORTES SÓ CLICK SE ESTIVER PREPARADO
Fotos de partes do corpo do empresário Marcos Kitano
Matsunaga, o diretor executivo da empresa de alimentos Yoki morto em
maio, foram divulgadas na internet. As imagens da cabeça, do tronco e de
membros foram visualizadas na manhã desta quinta-feira (30) e
continuavam sendo acessadas em sites de busca e listas de discussão
nesta tarde. Um arquivo em formato PDF foi distribuído por e-mail. As
fotografias integram o processo que apura o assassinato e a ocultação do
cadáver do executivo.
Matsunaga, 41 anos, foi atingido com um tiro e depois esquartejado
pela mulher, a bacharel em direito Elize Araújo Kitano Matsunaga, 30
anos, em 18 de maio. Elize, que é ré confessa, está presa e aguarda
decisão se irá a júri popular.
Procurada pelo G1, a Secretaria da Segurança Pública
do Estado de São Paulo (SSP) informou que vai abrir um procedimento
para investigar a divulgação das fotos.
A autenticidade das imagens foi confirmada na tarde desta quinta pelo
advogado Luciano Santoro, que defende Elize. "Meu Deus! Isso jamais
deveria circular na internet. Essas fotos são do processo. São fotos
antes da realização da perícia, logo após o corpo dele ter sido achado.
Eu não posso tomar nenhuma providência em relação a essa divulgação
porque isso compete à família da vítima", comentou.
"Soube que, em virtude do risco de vazamento dessas fotos, os
advogados da família de Marcos pediram o sigilo dos autos, mas o
Ministério Público informou que processo era público e não concordou. A
Justiça, por sua vez, também. Eu lamento a divulgação dessas fotos na
internet. E é por esse motivo e outros que também era favorável ao
sigilo dos autos”, disse Santoro.
O defensor de Elize divulgou ainda uma nota sobre o vazamento: "a
defesa lamenta profundamente a divulgação dessas fotos, que em nada
contribuem para a apuração dos fatos. Fica aqui consignado nosso
protesto, com a esperança de que aqueles que porventura vierem a receber
essas imagens, que por favor não as reenviem aos seus contatos e as
apaguem imediatamente em respeito à memória do senhor Marcos Matsunaga.”
Família pediu sigilo
O advogado da família Matsunaga, Luiz Flávio Borges D´Urso, afirmou ao G1 que
chegou a solicitar que fosse decretado segredo de Justiça do caso, mas
que o pedido foi negado pelo juíz. Assim, segundo ele, o processo
continua público e as fotos podem ser acessadas. Ele lamentou o fato. " A
nossa preocupação era preservar a família. O que nos preocupava é que,
uma vez que essas fotos caíssem na internet, não haveria mais o que
fazer", relatou.
O promotor José Carlos Cosenzo, responsável por denunciar Elize à
Justiça pelos crimes, afirmou que iria primeiro ver as imagens para
depois se pronunciar e informar que procedimento iria tomar.
Buscas
As fotos que circulam na web foram localizadas de duas maneiras. A
primeira é através de sites de buscas, que apresentam como resultados
apenas imagens das fotografias feitas pelo Instituto Médico Legal (IML)
da Polícia Técnico Científica.
O material também foi divulgado é
por meio de um arquivo em formato PDF, que reúne as fotografias de
páginas de um processo judicial. Esse arquivo foi encaminhado para
listas de discussão de grupos fechados na internet.
Neste último
caso, as imagens mostram um documento judicial aberto. O arquivo PDF tem
oito páginas com 16 fotos de pedaços do corpo de Marcos. As fotos que
formam o arquivo registram páginas de um volume do processo. Esse
documento e outros volumes estão sobre uma mesa não identificada. Ao
lado das páginas, é possível perceber outras pastas de processos
judiciais.
Entre as fotos que constam nas páginas, há dez imagens tiradas no
local onde as partes do corpo foram achadas dentro de sacos plásticos
azuis e seis fotos que teriam sido feitas já no Instituto Médico-Legal.
O arquivo acessado pela equipe de reportagem traz em suas propriedades a
informação de que foi criado na sexta-feira (24), às 16h58.
Ré segue presa
Elize
está presa no presídio de Tremembé, no interior do estado. Ela
confessou os crimes e está presa preventivamente, aguardando a Justiça
marcar uma data para ela ser interrogada e decidir se a viúva será
submetida a júri popular.
O crime teria sido motivado pela
descoberta da infidelidade e traição de Marcos. Para a acusação, a
bacharel também queria ficar com um seguro de vida da vítima. A ré
aguarda a Justiça marcar uma data para a audiência de instrução que irá
decidir se ela será submetida a júri popular pelo crime ou não. A defesa
de Elize alega que ela só atirou após ter sido agredida pelo marido.
Fonte: Tribuna Hoje