Está em estudo, no Espírito Santo, uma solução final para a doença que,
mesmo com prevenção, todos os anos assusta a população brasileira.
Trata-se de um protótipo de vacina para dengue, que está sendo testado
em seres humanos, mas deverá ser aprovado para uso dentro de três a
cinco anos. Neste ano, houve 936.200 notificações em todo o País, até o
dia 10 de outubro. Foram 14.342 casos da forma grave, com 592 pessoas
mortas no Brasil. Em 2009, foram 8.714 casos graves, com 312 óbitos. Em
Salvador, segundo o secretário da Saúde de Salvador,José Rodrigues, há
1,7 mil agentes de endemias, número considerado por ele suficiente para
realizar operações contra a doença. Ele declarou que a equipe deve
receber reforço de 150 trabalhadores temporários durante o verão, para
repor na equipe os que estarão de férias.
Cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos
Estados Unidos, descobriram que o corpo humano possui um sistema de
segurança natural contra os vírus. Assim como um antivírus
desatualizado em um computador, esse 'programa' já foi burlado pelos
agentes infecciosos há milênios. Com base nessa descoberta, os
pesquisadores querem desenvolver maneiras de proteger o corpo de
doenças como dengue, febre amarela e SARS (síndrome respiratória aguda
grave). A história dessa pesquisa começou há 35 anos, quando o médico
Bernard Moss, do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, reparou que
alguns vírus (como o da varíola) protegiam sempre as duas mesmas partes
de seu RNA com o que denominou 'capas'. O RNA é um código, produzido a
partir do DNA, que comanda a produção das proteínas de um organismo. O
estudo liderado pelo PhD Michael S. Diamond inseriu em ratos uma versão
mutante do vírus do oeste do Nilo, incapaz de incorporar a segunda capa
a seu RNA. Mesmo depois de longa observação, os ratos não tinham sido
infectados. Em seguida, os cientistas injetaram o mesmo vírus em ratos
impossibilitados de absorver a proteína interferon, que tem um papel
muito importante na reação defensiva do organismo. Nesse caso, os ratos
ficaram doentes, sugerindo que essa proteína protege as células de
vírus. "Agora que sabemos para que servem essas capas, talvez
consigamos desenvolver inibidores que impeçam os vírus de 'encapar' o
seu RNA”, explica Diamond.
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