O médico não quis informar em quais hospitais, por questões éticas, mas deixou claro que a situação preocupa.
Em
Brasília, a KPC já provocou a morte de 15 pessoas – em outros três
casos suspeitos, a relação com a superbactéria foi descartada.
A
bactéria, que se torna mais perigosa após sofrer mutações, seria também
a causa mortis de uma filha do cantor Beto Barbosa, segundo matéria
divulgada no programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo à noite. No
estado, não há registro de óbito causado pela Klebsiella Pneumoniae
Carbapenemase.
De
acordo com a infectologista Nanci Silva, a KPC é uma bactéria com a
propriedade de produzir uma enzima que destrói praticamente todos
antibióticos, especialmente os carbapenêmicos, grupo do medicamento de
última geração entre os antibióticos. Remédios dos grupos
cefalosporinas, quinolonas e penicilinas também não surtem efeitos.
O
tratamento mais eficaz à doença passa pela criação de novos
medicamentos. Segundo os dois especialistas, os antibióticos do grupo
das polimixinas conseguem combater e Klebisiella, mas são altamente
tóxicos.
A
Secretaria da Saúde da Bahia afirmou que a Klebsiella Pneumoniae
Carbapenemase é uma bactéria inofensiva, que só oferece riscos quando
passar por mutações, se tornando então super-resistente. De acordo com
o órgão, a Vigilância Sanitária baiana não registrou qualquer
ocorrência médica relacionada à superbactéria.
No
próximo dia 22, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária promoverá um
encontro para debater a KPC. A ideia é editar um documento com alerta a
todos os profissionais envolvidos e orientação para o controle da
bactéria. |