Os
casos de sinusite triplicam nessa época do ano, dizem os especialistas.
E tudo parece conspirar para que isso aconteça --a temperatura mais
baixa, o ar seco, as gripes e os resfriados. Há três tipos de sinusite:
bacteriana, viral e fúngica --esta última, mais rara. "Cerca de 85% a
90% dos casos estão relacionados com gripes e resfriados", diz o
otorrinolaringologista Wilson Ayres Wilson Ayres. A viral, mais
frequente, é quase um sintoma da gripe e, muitas vezes, passa
despercebida. A coriza e a congestão nasal, comuns no resfriado, dão a
sensação de desconforto e dor de cabeça, principalmente pela manhã. Mas
os sintomas passam com o fim da gripe. Ou deveriam passar. Se passar de
dez dias, é sinal de que a inflamação se transformou em uma infecção
causada por bactérias. É o tipo de sinusite que mais leva as pessoas ao
médico e que deve ser tratada com medicação e com algumas mudanças de
comportamento. O grande problema da sinusite é a secreção (ou coriza)
parada. Uma crise de rinite, a poluição ou o ar seco pode fazer com que a
mucosa inche ou que a secreção seque, concentrando o muco nos seios da
face. Além de tomar mais água, pingar soro fisiológico mantém o nariz
úmido e evita os malefícios do ar seco. Também é preciso deixar o nariz
sempre limpo e, se possível, destrancado. Mas não é indicado o uso de
descongestionante em gotas, com vasoconstritor. Só em casos pontuais e
por, no máximo, dois dias, segundo Ayres. Se não tratada corretamente, a
crise de sinusite aguda pode se tornar crônica e até causar outras
complicações, como meningite e inflamações no ouvido. |