O primeiro dia da greve dos servidores do Judiciário Federal na Bahia,
iniciada nesta quarta-feira, 17, começou com a presença do público
desde o início da manhã na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT),
no Centro Administrativo da Bahia (TRT), à espera de atendimento. Além
do TRT, a paralisação atinge o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e
Justiças Federal e Militar da União. Para a administradora Rafaela
Santos, que compareceu ao TRT mesmo sabendo da greve, o movimento dos
servidores não pode atrapalhar o andamento das audiências. "Estou há 2
meses aguardando por essa audiência e estou na esperança de que ela
seja realizada mesmo com a greve. Não podemos ser prejudicados", afirma. Já
Reginéia Souza, de 28 anos, teve sua audiência trabalhista desmarcada
no TRT por causa da falta dos servidores. "Tinha uma audiência hoje
para resolver minha recisão de contrato com a empresa onde trabalhava e
quando cheguei aqui soube que foi cancelada. Fui pega de surpresa",
reclama. Porém, de acordo com o coordenador do Sindicato dos
Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Bahia (Sindjufe-BA),
Rogério Fagundes, a ordem do movimento é para que os servidores não
participem de audiências. "Nossa regra é não participar da realização
de nenhuma audiência, porém, caso os juizes decidam pela realização das
mesmas, poderão ser feitas sem nossa presença", destaca. A categoria
reivindica a aprovação do Plano de Cargos e Salários (PCS) e a
reprovação do PL 549/09, que congela gastos e investimentos no setor
público por dez anos, sem investir em Saúde, Educação, Justiça e sem a
realização de concursos públicos. Na próxima sexta-feira, 19, os
servidores voltam a se reunir em assembleia a partir das 13h, na sede
da Justiça Federal, em Sussuarana, para discutir novos rumos e
atividades para o movimento.
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