Segundo a vítima, foram pelo menos quatro horas de espancamento. Ela
conta que fazia programa às margens da rodovia Presidente Dutra, em
Seropédica, na Baixada Fluminense, quando ele apareceu.
— Ele parou e minha colega me mandou ir falar com ele. Ele perguntou
quanto era o programa e respondi que era R$ 30 para fazer um programa
ali mesmo. Ele me ofereceu R$ 100 para ir a um motel e eu aceitei.
Em vez de motel, a vítima foi levada de carro até um matagal no alto
de um morro. No local, ela foi amarrada e violentada. Para fugir da
sessão de tortura, a mulher começou a agredir o estuprador e mordeu o
pênis dele.
O suspeito, Gilmar Inácio de Oliveira, de 39 anos, foi hospitalizado e
teve que levar pontos na genitália. Ele será indiciado por estupro,
constrangimento e roubo.
De acordo com o delegado Júlio César Vasconcelos, antes de confessar o
crime, Oliveira alegou que tinha sido mordido por um cachorro.
— Durante todo esse tempo de polícia, a gente acha que já viu de tudo, mas a cada dia a gente se espanta com o que acontece.
Após confessar o crime, Oliveira contou que foi dominado pela vítima.
— Ela me dominou, me jogou no chão e falou que eu ia pagar por bem ou por mal.
Traumatizada, a garota de programa diz que não pretende mais se
prostituir. Em janeiro ela começa um trabalho com carteira assinada e
espera um dia conseguir esquecer os momentos de pânico que passou nas
mãos do agressor.
— Meu desejo é que ele fique preso pelo resto da vida dele. Peço para
que outras vítimas venham até a delegacia para que ele fique o máximo
de tempo na cadeia.
Fonte: R7