A pesquisa
CNI-Ibope, divulgada nesta sexta-feira (27) pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI), mostra uma queda nas avaliações positivas do governo em oito
das nove áreas avaliadas, na comparação setembro com junho.
"A pesquisa
feita em julho foi atípica, e não constava nela a avaliação do governo por área
de atuação”, disse o economista e gerente de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, ao destacar a influência das manifestações
de junho na queda dos índices do governo.
Apenas as
políticas e ações na área de combate à fome e à pobreza foram aprovadas por
mais da metade da população. De acordo com a pesquisa, 51% aprovam o governo
nessa área, ante aos 60% registrados em junho. Segundo a pesquisa atual, 47%
desaprovam essas políticas.
A área com pior avaliação em setembro é a da
saúde, com 77% de desaprovação e 21% de aprovação. Em junho, 66% desaprovavam
as políticas nesta área e 32% aprovavam. "Na pesquisa, a população avalia a
saúde hoje. Não foi perguntado se vai melhorar. Por isso não dá para
considerarmos, ainda, o [efeito do Programa] Mais Médicos”, disse Fonseca.
A segunda área de atuação do governo pior avaliada foi a de segurança pública,
desaprovada por 74% da população e aprovada por 24%. Em junho, 67% desaprovavam
e 31% aprovavam. A terceira área pior avaliada
foi referente aos impostos, desaprovados por 73% da população e aprovado por
22%.
"Na questão de tributos, houve algumas medidas de redução, mas pode-se
trabalhar muito mais nisso. A gente não pode dizer que o governo não está
tentando fazer. Medidas foram tomadas. Precisamos ver se vai ou não apresentar
resultados”, avalia o economista da CNI
No quesito combate ao desemprego, foi registrada
em setembro uma inversão em relação à percepção registrada na pequisa de junho.
Antes, a maioria (52%) aprovava as políticas de combate ao desemprego, enquanto 45% desaprovavam. "Agora 57%
desaprovam e 39% aprovam”, disse Fonseca.
A desaprovação do brasileiro em relação ao combate à inflação aumentou 9 pontos
percentuais, passando dos 57% registrados em junho para 68% em setembro, mas a
maior variação foi a desaprovação das políticas
voltadas à taxa de juros, que subiu de 54% para 71% no mesmo período.
Na área da educação também foi registrado aumento
na desaprovação, que passou de 51% em junho para 65% em setembro. A aprovação
no quesito caiu de 47% para 33%. A pesquisa CNI-Ibope foi feita com 2.002
pessoas em 142 municípios, entre os dias 14 e 17 de setembro.
Fonte: Itapoan Online |