Estudantes do Centro Estadual de Educação Profissional em Saúde (CEEP) se tornaram alvo frequente da ação de assaltantes na rua Juracy Magalhães Jr e proximidades do colégio. Conforme relatos, os bandidos agem vestindo fardamentos de outras escolas da rede estadual, o que dificulta ação da polícia.
A estudante Érica Santiago conta que já presenciou diversos assaltos e que sofreu uma tentativa de assalto recentemente. “Mês passado um amigo meu foi assaltado aqui em frente ao colégio, na esquina da Maria Quitéria com a presidente Dutra. Levaram o celular dele e ele quase morre porque o cara bateu nele”, relata.
“Recentemente, eu saí do colégio 11h30 e fui umas 11h40 pra casa com minha mãe e no meio do caminho a gente foi abordada numa tentativa de assalto. Tinha dois rapazes atrás que perceberam a ação e os caras saíram”, narra.
A utilização da farda de outras escolas faz com que os estudantes não levantem suspeita. “Com o fardamento, a gente acha que é algum colega de outro colégio, de outra instituição e aí vem e aborda a gente, como se nada estivesse acontecendo e vai embora. Eles levam qualquer coisa que a pessoa tiver e senão tiver nada, apanha”, descreve a estudante Viviane Pires.
Conforme a diretora do CEEP em Saúde, Márcia Mota, a Polícia Militar já foi acionada. A diretora observou que a área da escola é um lugar com pouca movimentação de pedestres, o que facilita a ação dos bandidos.
“Essa área normalmente tem muitos carros estacionados, mas não existe movimento de pedestres no entorno desse quarteirão, onde estão sempre acontecendo assaltos com pessoas vestindo camisas de escolas, usando bicicleta ou moto. Geralmente são jovens, com menos de 20 anos, que agem sozinhos, com caderno na mão e isso não levanta suspeita de assaltos”, comenta a diretora.
O major Lúcio, comandante da 64ª CIPM companhia responsável pela segurança no centro comercial de Feira de Santana, confirma o crescimento de ocorrências de assaltos nas proximidades do colégio e informa que a Policia Militar está atenta a essa situação.
“A gente tem intensificado o policiamento ali com a base móvel, com policiais fazendo a ronda no quarteirão. A gente recebeu a informação que no momento em que os policiais estão não acontecem, então cabe um trabalho mais especializado que a gente está fazendo pra a gente identificar essas ocorrências e a partir daí prender esses marginais”, esclarece.
De acordo com o major Lúcio, a camuflagem com os uniformes é natural. “E nós temos que estar preparados para esse tipo de situação nesse sentido e eu acredito que essa dificuldade a gente vai conseguir vencer no momento que a gente conseguir identificar esses marginais com as técnicas devidas”, finaliza.
Fonte: Acorda Cidade |