Policiais militares de São Paulo prenderam, nesta sexta-feira (11), um homem foragido da Justiça, de 22 anos, suspeito de matar a secretária Daniela Nogueira Oliveira, de 25, que estava grávida de nove meses e foi baleada nas proximidades da sua casa , no bairro Horto do Ipê, na região de Campo Limpo, zona sul da capital paulista. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, ele foi reconhecido "com 100% de certeza" pela testemunha que ajudou na criação do retrato falado. A investigação chegou ao suspeito após a divulgação de imagens de câmeras de segurança de prédios próximos ao local do crime, que não mostravam a cena, mas exibiam o momento em que o assaltante corria por uma testemunha com a arma na mão. No dia seguinte, a testemunha compareceu à delegacia. Ela foi levada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) para a elaboração do retrato falado do suspeito. Após a divulgação do retrato falado, a polícia começou a receber informações do Disque-Denúncia. E com a ajuda de uma dessas denúncias, a Polícia Militar conseguiu localizar o suspeito, que já era procurado por roubo – ele cumpria pena em regime semi-aberto, mas não voltou à cadeia. O homem foi levado ao 37º Distrito Policial (Campo Limpo) e passou pelo reconhecimento da testemunha, que disse ter certeza que foi o homem preso que matou Daniela. Outros suspeitos já haviam sido levados ao DP, mas foram liberados porque não foram identificados pela testemunha. A Polícia Civil pediu a prisão temporária do suspeito. e aguarda a decisão da Justiça. As investigações prosseguem. O corpo de Daniela foi enterrado por volta das 14h30 da tarde desta sexta-feira em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O velório e o enterro ocorreram no Cemitério e Crematório Parque dos Ipês. Entre os presentes no enterro estava a professora Marisa dos Santos Alves, de 52 anos. Ela era vizinha de Daniela antes de a assistente administrativa casar, na Cohab Adventista, na zona sul. Marisa afirmou que os moradores da antiga rua de Daniela colocaram panos brancos nas janelas. "Estamos fazendo isso desde as 6 horas, como forma de pedir paz, que é o que queremos", disse. "Também colocamos panos brancos nas árvores do Condomínio Horto dos Ypês". Daniela teve morte cerebral e a família decidiu doar seus órgãos . A menina Gabriela, nascida por cesariana de emergência, deixou a Unidade de Terapia Intensiva neonatal do centro médico na quinta-feira. Ela recebeu alta da UTI e passa bem.
Fonte: Voz da Bahia |