SP
O corpo de Mirela Diniz Garcia, de 19 anos, foi
enterrado na manhã desta quarta-feira (13) no cemitério Areia Branca,
em Santos, no litoral de São Paulo. A jovem foi uma das quatro pessoas que
morreram após o carro alegórico da escola de samba Sangue Jovem bater em um fio
de eletricidade e pegar fogo após o término do desfile. A mãe de Mirela, Solange Noronha, esteve no enterro da filha
sentada em uma cadeira de rodas, mas não quis falar com a imprensa. Segundo a
Assessoria de Imprensa da Santa Casa de Santos, ela saiu do hospital durante a
noite sem receber alta médica. Solange foi internada após encostar na filha,
que estava eletrocutada, e receber uma grande descarga elétrica. Uma das primas de Mirela desmaiou na hora em que o corpo
estava sendo enterrado. A garota foi amparada por familiares e amigos que a
levaram para fora do cemitério. O irmão da jovem, Alexsandro, também estava
muito abalado. A mãe da jovem chegou a levantar da cadeira de rodas para
consolar o filho. Alexsandro colocou o nome de Mirela no local que ela foi
enterrada. Em seguida, ele agradeceu todos os presentes e quem estava ajudando
a família. Uma das tias de Mirela, Rosana
Santos Noronha, que também acompanhou o enterro, falou sobre a sobrinha.
"Ela vivia intensamente, como soubesse que viveria pouco. Ela era uma
menina alegre". Rosana também explicou como a sobrinha foi atingida.
"O carro vinha e ela pegou a filha, que estava no meio da rua, e voltou
para o local. Ela caiu e tropeçou. O pé dela encostou-se ao carro e ela recebeu
a descarga elétrica", explica. Mirela deixou a filha Manuelle, de 3 anos. O pai da menina,
Wellington Mattos, também foi ao enterro da ex-mulher. Ele conta que morou com
a jovem por quatro anos. "Nos separamos. Eu sempre pegava a minha filha.
Nós dividíamos a guarda", explica. Fonte: Voz da Bahia |