O índio Pataxó Emerson Braz, de 13 anos, que esperava uma doação de
sangue para realizar uma cirurgia de coração, passa pelo procedimento
nesta segunda-feira (14), no Hospital Martagão Gesteira, em Salvador. Há
mais de dois meses o jovem aguardava quatro bolsas de sangue
necessárias para a realização da operação.
O tipo do sangue dele é "O positivo", que segundo os médicos é um dos
mais comuns entre os brasileiros. A dificuldade em encontrar um doador
compatível é que o sangue dele tem um sistema de grupo sanguíneo chamado
"Diego B negativo", que é raro na maioria da população brasileira.
"O mais conhecido dos grupos sanguíneos é o sistema A B O. Existem
outros sistemas que não são conhecidos que também são importantes na
hora de transfusão. Tem um sistema de grupo sanguíneo chamado Diego. Tem
o A e o B. Cada um pode ser positivo ou negativo. Ele [o índio] tem o
Diego negativo, que é muito raro na população em geral, é mais comum em
índios e asiáticos. Essa é a dificuldade. No sistema A B O, ele [o
índio] é O positivo. Além de ser O positivo ele tem o sistema Diego
negativo", afirma o hematologista Marinho Marques, diretor de
hemoterapia da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia (Hemoba).
Duas bolsas do sangue foram encontradas em Marília, no interior de São Paulo, e as outras duas em Eunápolis, no sul da Bahia.
Fonte: G1
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