
O Ministério da Saúde divulgou, nesta terça-feira (19), o
novo mapeamento da dengue no país, baseado em dados do Levantamento Rápido de
Índice para Aedes aegypti. Em comparação com o ano de 2010, a Bahia registrou
neste ano 48,25% casos a mais da doença. Foram 61.974 ocorrências em 2013 e
41.803 há três anos. No entanto, o número de mortes causadas pela enfermidade
caiu de 33 para 21, assim como os casos graves, que desceram de 974 a 125.
Apesar de não estar entre as três capitais em estado de risco (Cuiabá, Rio
Branco e Porto Velho), de acordo com o levantamento, Salvador está em situação
de alerta pela doença. A queda da letalidade e gravidade da dengue foi vista em
todo o país, com queda de 61% nos casos graves (de 16.758 para 6.566) e de 10%
nos óbitos (de 638 para 573), mesmo com o crescimento no número de notificações
da doença. Em 2010, de cada mil doentes, 17 chegavam a um quadro grave; em
2013, a parcela ficou em quatro casos graves para cada mil notificações.
Segundo a pesquisa, 37,5% dos focos estão em formas de armazenamento de água,
36,4% em espaços em que o lixo não é manejado adequadamente e 27,9% em
depósitos domiciliares. Em 2013, foram notificados 1,4 milhão de casos
prováveis de dengue no país, em decorrência de uma maior circulação do subtipo
tipo 4 do vírus causador da doença, que respondeu por 60% dos casos. Em todo o
Brasil, 157 municípios brasileiros estão em situação de risco para a doença,
outros 525 em alerta e 633 cidades com índice satisfatório. Os dados foram
apresentados pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha e pelo secretário de
Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Foi anunciado pelo governo o aporte de R$
1,2 bilhão aos estados e municípios para ações de vigilância e
enfrentamento à dengue. Do total, conforme o ministério, a Bahia receberá cerca
de R$ 29 milhões. |