O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputado Marcelo Nilo (PDT), encerrou na tarde desta terça-feira (3) a sessão, após os integrantes da bancada de oposição levarem um caixão para o plenário da Casa.
O enterro simbólico do Legislativo baiano, como os próprios contrários definiram, foi uma forma encontrada para protestar contra o comportamento dos pares, integrantes da bancada governista, que precisaram tirar fotos durante a votação para escolha do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), realizada na última quarta (28).
A ação dos oposicionistas foi criticada tanto pelo líder do governo na Alba, deputado Zé Neto (PT), que considerou o ato “ultrajante”, quanto pelo presidente Nilo, que chegou a cogitar a presença da Polícia Militar para retirar o caixão, mas desistiu da investida e preferiu encerrar o encontro parlamentar.
Já para o deputado Carlos Gaban, derrotado na segunda votação que escolheu o deputado federal petista Zezéu Ribeiro, o ato com o caixão foi uma forma de “não deixar cair no esquecimento a vergonha passada pelo Legislativo, que dobrou os joelhos frente a um governador autoritário que constrange seus deputados obrigando-os a tirar fotos dos seus votos, constitucionalmente secretos”.
Gaban ainda fez críticas à postura do presidente da Casa ao afirmar que “Nilo rasgou o regimento interno” e garantiu que a bancada se movimenta, junto com sua assessoria jurídica para tentar cancelar na Justiça a sessão que carimbou a vaga do TCE a Zezéu.
Mesmo após encerrar a sessão, os deputados da oposição permaneceram no “velório” do Legislativo baiano.
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