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			 .JPG) Após
 aprovação da Lei da Ficha Limpa e da redução do recesso dos 
parlamentares, um novo projeto polêmico promete aquecer os ânimos dentro
 da Assembleia Legislativa da Bahia (AL/BA). O deputado do PCdoB Álvaro 
Gomes quer acabar com a remuneração extra dos parlamentares por ocasião 
das convocações extraordinárias da Casa. Para que a Proposta de Emenda 
Constitucional (PEC) seja aprovada será necessária a aprovação de 38 
parlamentares, dos 63 existentes.A
 matéria ainda não foi apresentada aos demais parlamentares da Casa. 
Para que isso ocorra, o autor da PEC tem trabalhado junto a seus pares 
no recolhimento das 21 assinaturas necessárias. Eesta não é a primeira 
vez que Álvaro Gomes tenta extinguir esta remuneração.
 Durante
 o primeiro mandato, em 2004, fez proposição nesse sentido – Indicação 
nº 13.886/04, de 13 de fevereiro de 2004 –, ao então presidente da 
República, Luiz Inácio Lula da Silva, indicando emenda à Constituição 
Federal que suprimisse o pagamento aos parlamentares de parcela 
indenizatória, em razão de convocação extraordinária. No ano seguinte, 
com a Indicação nº 13.888/04, de 16 de fevereiro de 2004, o comunista 
encaminhou ao então governador do Estado, Paulo Souto. Na época, a 
proposta foi enviada ainda às Mesas Diretoras da Câmara e Senado 
Federais.
 
 
 Segundo
 Álvaro Gomes, "o recesso parlamentar não é férias, e sim apenas 
ausência das sessões plenárias. Portanto, o deputado pode ser chamado a trabalhar
 nesse período, sem qualquer custo extra ao cofre público”. De acordo 
com o deputado, o fato de a Assembleia, nos últimos dias, ter reduzido o
 recesso parlamentar de 90 para 60 dias não impede que haja convocação 
extra, desde que respeitados os critérios da lei para esse fim. "E o 
parlamentar tem o dever de comparecer, independentemente do dia que a 
mesma venha a acontecer”, afirma.
 
 
 A
 convocação extraordinária – que não é a mesma coisa de sessão 
extraordinária – pode ser convocada pelo governador do Estado, 
presidente da Assembleia Legislativa ou pela maioria dos deputados, "em 
caso de urgência ou interesse público relevante”, de acordo a 
Constituição Estadual.
 
 
 Segundo
 a assessoria do deputado, todas as vezes que precisou comparecer em 
convocação extraordinária, Álvaro Gomes devolveu a remuneração ou doou 
para instituições filantrópicas. Se aprovada, assim como a Ficha Limpa, 
esta será pioneira, pois foi lançada antes da PEC nº 50/2006, de autoria
 do Congresso Nacional, que veda remuneração de tal natureza nas duas 
Casas Legislativas. 
 Fonte: Tribuna da Bahia
 
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