Para a advogada, o ponto ideal está na região do
Salvador Praia Hotel mas, em qualquer lugar que esteja, a pipoca tem que
prestar atenção nas atrações. "Eu fico atenta aos blocos. Tem aqueles
que quando passam sempre tem briga”, disse. Apesar de não frequentar o
Campo Grande, Michele também já sabe o que fazer por lá. "Fui poucas
vezes, mas é bom ficar no início. Ir até a Praça Castro Alves eu não
indico”.
Cantos
O administrador de empresas
Alberto Gomes de Araújo Júnior, 36 anos, mora em Itabuna e chega amanhã a
Salvador para curtir mais um Carnaval com os pés no chão. Fã do
Chiclete com Banana, o fato de não viver na capital não impede que
conheça como ninguém todos os cantos e encantos dos circuitos da folia.
"Eu só vou para a pipoca. Chego cedo no Campo
Grande, fico em frente ao Teatro Castro Alves vendo os blocos e depois
vou para a Casa D’Italia ver o final”, lembrou o administrador. "Lá tem o
encontro de quem vai e de quem volta, mas é bom não ficar muito perto
da corda porque aperta”, observou.
Outro local pouco atrativo para o folião, segundo
Alberto, é o espaço entre a saída do Corredor da Vitória e entrada do
Campo Grande. "Lá é muito apertado, não tem por onde ir. Quando o
Chiclete passa, então... não pode vacilar”, enfatizou.
Unanimidade em confusão para todos os "pipoqueiros”
está a curva do Edifício Sulacap, localizado nas imediações da Praça
Castro Alves. "Lá o trio vira, então o bloco expande e quem tá na rua
fica espremido”, frisou o jornalista Jorge Santos.
Para ele, que sempre pulou Carnaval na pipoca, já
que não tem paciência para a "mesmice do bloco”, é bom ficar longe das
ruelas que ficam entre a Avenida Sete e a Carlos Gomes. "São apertadas,
sujas, esburacadas e perigosas. É cheia de poça de xixi e ambulante. Não
dá pra passar”. Outra dica: "Quando o artista mandar levantar as duas
mãos, levante só uma. Senão quando abaixar não sobra nada”.
Comandante dá dicas para evitar transtornos
Depois
das preciosas dicas dos foliões, é importante também ouvir quem é
responsável por manter a ordem na festa: a Polícia Militar. Segundo o
comandante de Operações, coronel Roberto Guimarães, o importante é que o
folião vá à festa "desprovido de qualquer intenção de desavença e
briga”.
E, para a pipoca, precaução nunca é demais. "Todas as
grandes atrações, a exemplo do Chiclete, trazem muita gente”, afirmou o
coronel. "Por isso, é bom ter cuidado”, acrescentou.
Guimarães contou ainda que nos lugares em que
tradicionalmente há confusão, o policiamente será reforçado. "Não
aconselho a Piedade, o São Bento, a virada da Praça Castro Alves e do
Sulacap”, enfatizou.
Levar documentos de identificação, somente o
dinheiro necessário e evitar objetos de valor também são conselhos que
evitam dor de cabeça durante a festa.
Lugares para evitar
1 Curva do Edifício Sulacap
2 Praça Castro Alves
3 Saída do Corredor da Vitória e entrada do Campo Grande
4 São Bento
5 Ruas que ficam entre a Avenida Sete e a Carlos Gomes