“A minha parte como pai, eu fiz”, desabafa o comerciante Jurandir, pai do jovem encontrado morto após uma abordagem policial no bairro da Calçada, na capital baiana. O comerciante recebeu a notícia sobre a morte de Geovanne Mascarenhas de Santana, 22 anos, após longos 14 dias de procura.
O pai da vítima falou sobre a dor de ter encontrado o filho morto e esquartejado na localidade de São Bartolomeu, no Subúrbio de Salvador, e afirmou que se sentiu aliviado ao saber do paradeiro do filho.
“Nesses dias todo (sic), eu tentei ser forte. Agora, eu senti o coração velho dizer, realmente, seu filho vivo não encontra jamais. Vivo não vou encontrar mais ele. Vou encontrar os pedaços, queimado, jogado como for... Mas, pelo que falam, ele já foi. Eu não vou ter ele ao meu lado. Mas, eu vou levar o final dessa história, que eu consegui saber o que fizeram com o meu filho. Se mataram, esquartejaram, se tem o DNA da mão.”
A prisão provisória dos três policiais militares que estavam escalados no dia do desaparecimento de Geovanne foi decretada. A informação foi confirmada pela assessoria da SSP (Secretaria de Segurança Pública), após o corpo do jovem, que foi encontrado no dia 5 de agosto, ter sido identificado, na manhã desta sexta-feira (15), após perícia técnica.
Os policiais já haviam sido afastados preventivamente do serviço nas ruas pela PMBA (Polícia Militar da Bahia) e a Corregedoria Geral instaurou um IPM (Inquérito Policial Militar) para apuração dos fatos.
Um vídeo de imagens de segurança mostra o momento da aproximação dos PMs. O jovem é agredido e revistado pelos policiais e "aparentemente" colocado dentro da viatura. A moto é retirada do local por um PM.
Fonte: r7.com/Ba |