
Cláudia Marinho de Lima, de 18 anos, encontrada morta com sinais de
estrangulamento na tarde desta segunda-feira em um terreno baldio no bairro
Jardim Maravilha, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, teve o corpo
reconhecido pelo próprio irmão, o segurança Reinaldo Marinho, de 32 anos.
Segundo ele, o sutiã da jovem estava em volta de seu pescoço, e policiais
afirmaram que ela pode ter sido enforcada com o auxílio da peça íntima.
- O rosto dela estava todo machucado, era uma imagem muito triste -
contou Reinaldo.
A estudante foi vista pela
última vez na tarde de sábado, por volta de 17h, quando saiu da casa que morava
com a mãe, também no Jardim Maravilha, dizendo que iria visitar uma amiga. No
mesmo dia, o desaparecimento foi registrado na 35ª DP (Campo Grande). Sua mãe,
Dalva Marinho da Silva, de 50 anos, chegou a iniciar uma campanha no Facebook
para tentar localizar a filha - a mesma rede social onde Cláudia escreveu
mensagens procurando um namorado na sexta-feira, véspera de seu sumiço. O caso
foi revelado pela "Rádio Globo” nesta terça-feira. Dalva conta que a filha ia sempre aos cultos da Assembleia de Deus em
Realengo, também na Zona Oeste - a última saída conhecida da jovem, na
sexta-feira à noite, teve exatamente esse destino. Segundo Dalva, a filha
namorou por cerca de dois meses um baterista da igreja, mas já havia rompido
com o rapaz. Atualmente, a família não sabia de nenhum relacionamento mais
sério. 
Cláudia cursava o segundo ano do Ensino Médio e tinha o sonho de ser
veterinária. Dalva, que morava sozinha com a jovem (embora tenha outros três
filhos), divide-se entre dois empregos: o de diarista e outro num aviário, onde
"mata galinhas”. - Era tudo para tentar garantir o futuro dela - disse Dalva, bastante
abalada. A última postagem de Cláudia no Facebook trazia a seguinte mensagem:
"Quem aceita namorar comigo agora?” A Divisão de Homicídios (DH) da Polícia
Civil, que assumiu as investigações, apura se as postagens da jovem têm relação
com a tragédia. Familiares também suspeitam que alguém que se relacionava com a
jovem pela internet possa estar ligado ao crime. O delegado Rivaldo Barbosa,
titular da DH, informou que vai solicitar a quebra do sigilo do perfil de
Cláudia na rede social. No Facebook, além da última postagem, Cláudia costumava publicar fotos
com a família e outras de biquíni na praia. No mesmo dia em que pediu um
namorado, a jovem escreveu na rede social: "Essa chuvinha está boa para dormir
de conchinha, debaixo daquele cobertor”. Veja a nota enviada pela Polícia Civil
"De acordo com a Divisão de Homicídios (DH), o caso está sendo
investigado. A perícia de local foi realizada e todos os procedimentos de praxe
tomados.” Fonte: Bocão News |