Depois da Secretaria de Saúde do Rio informar que 10 estudantes morreram no ataque a Escola Municipal Tasso da Silveira,
em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o diretor do hospital
para onde as vítimas foram levadas atualizou as informações e disse que
são 13 crianças mortas.
Mais cedo, ele havia afirmado que 13 pessoas
morreram no tiroteio. As vítimas são 10 meninas e 1 menino, entre 12 e
14 anos, além do atirador. O número de feridos também diminuiu: ao
invés de 22, são 18 os feridos, sendo 12 meninos e seis meninas.
Ainda segundo Côrtes, a maioria das vítimas foi
atingida na cabeça e no tórax. "É uma situação muito triste. Nunca ia
esperar experimentar na minha vida uma experiência como essa. Vi toda a
equipe nos corredores. As pessoas chorando desesperadas. É uma situação
de violência desnecessária contra crianças,” disse.
Entre os feridos, três já passaram por cirurgia e
há outros transferidos para o Instituto Nacional de Traumatologia
(Into), Hospital Pedro Ernesto, Hospital de Saracuruna e Hospital da
Polícia Militar.
Atirador deixou carta
O atirador foi
identificado pela polícia como Wellington Menezes de Oliveira, de 23
anos. Segundo a Polícia Militar, ele era ex-aluno da escola.
De acordo com o coronel da polícia Djalma Beltrami,
Wellington deixou uma carta, segundo ele, com inscrições complicadas,
no local. "Ele tinha a determinação de se suicidar depois da tragédia”,
contou Beltrami. A carta foi entregue a agentes da Divisão de
Homicídios.
Conhecido na escola por ser ex-aluno, ele teria
entrado sob alegação de que iria fazer uma palestra. Segundo a polícia
ele usou dois revólveres, que chegou a recarregar várias vezes.
Segundo a polícia, uma equipe da Batalhão de
Polícia Rodoviária (BPRV) passava próximo ao local e foi à escola
depois de ver crianças correndo pela rua.
Funcionária viu crianças feridas
"O cara
entrou, foi para o terceiro andar e começou a atirar. As crianças
disseram que foi pai de aluno. Vimos muitas crianças carregadas,
desacordadas, baleadas”, disse uma funcionária da escola, que preferiu
não se identificar.