Representantes da Abert e de entidades estaduais de
radiodifusão discutiram uma série de ações para valorizar a radiodifusão
legal e combater a atividade ilegal de emissoras. A reunião ocorreu
nesta sexta-feira (28), em Brasília. Os radiodifusores vão encaminhar um
documento ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, com um mapa
nacional dos principais problemas do setor. Além disso, as entidades vão
sugerir ao Congresso Nacional uma audiência pública sobre o tema.
Outro
passo será a realização de uma campanha para valorizar a radiodifusão
comercial. Por causa da falta de resposta dos órgãos reguladores, os
radiodifusores relataram que têm recorrido a diferentes alternativas
para amenizar a ilegalidade no setor. A assessoria jurídica da
Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e TV (Acaert), por exemplo,
recorre a ações judiciais para atacar a propaganda comercial veiculada
irregularmente por rádios comunitárias. Por ser uma concessão gratuita, a
lei diz que uma rádio comunitária não pode ter fins lucrativos e, por
isso, não é autorizada a veicular propaganda comercial. "Os
rádiodifusores têm se desestimulado porque não vêem fiscalização.
Existem rádios que foram autuadas oito vezes pela Anatel e continuam
funcionando normalmente”, disse o presidente da Agert, Alexandre
Gadret. De acordo com dados da Anatel, de 2006 a 2010, o número de
rádios piratas fechadas caiu de 668 em 2006 para 363. O número de horas
de fiscalização do setor também caiu: em 2006 foram 5,1 mil contra 1,1
mil em 2010.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Abert