O Grupo Jorgequixabeira deseja muita prosperidade para o município e a todos quixabeirenses muitas alegrias. O município de Quixabeira é oriundo de Serrolândia, de quem
foi desmembrado em 1989. Esta foi emancipada em 1962, e pertencia a Jacobina. O
nome Quixabeira deriva da planta de mesmo nome, muito conhecida na região, a Sideroxylon
obtusifolium, pertence à família Sapotácea, árvore que atinge 15
metros de altura, armada de espinhos, lactescentes, de folhas alternas,
cariáceas, com flores perfumadas, pequenas, de sabor adocicado e agradável. O
fruto da Quixabeira é uma baga de cor preta, comestível e de sabor adocicado,
contendo uma única semente que apresenta um leite grosso e pegajoso. Sua
madeira é utilizada na construção civil por ser boa para ser torneada e as
hastes mais finas vergam, mas não quebram. Dizem que os bodes, que com estes se
alimenta é luzidio, gordo, bonito e de carne gostosa. As folhas são forrageiras
e possuem propriedades adstringentes e tônicas. A casca tem grande aplicação na
medicina doméstica, é antidiabética, onde o chá faz desaparecer em poucos dias
o açúcar da urina do diabético que o usa; é tônica, pois quem faz uso dela se
sente remoçar e se torna corado e forte; é adstringente por ser rica em tanino,
e é cicatrizante. Ocorre na caatinga do Piauí até o norte de Minas Gerais.
O município se formou a partir do ano de 1943, quando o
senhor Martinho Pereira Lima, junto com seus amigos, pensou em criar um povoado
nas terras da fazenda Lagoa das Quixabeiras, pertencente ao senhor José Sousa
Novais, mais conhecido como Zé de Belau, seu sogro, que não gostou nem um pouco
da ideia, que surgiu porque a fazenda ficava às margens da estrada que ligava
São José do Jacuípe a Itapeipú, e por ser rota dos tropeiros que vinham do sul
da Bahia trazendo mantimentos facilitaria o pouso dos mesmos e também ajudaria
o comércio dos produtos da região, tais como: farinha de mandioca, mamona,
ouricurí, pele de animais e outros. Apesar da não aprovação do seu sogro,
Martinho não desistiu da idéia de transformar aquela fazenda em um povoado. O
senhor Zé de Belau chateado com a determinação do seu genro, resolveu ir embora
deixando o caminho livre para Martinho. Esse por sua vez, aproveitando a
oportunidade, logo iniciou a limpeza do terreno próximo a fazenda, construindo
uma casa e um ponto de venda. Pouco a pouco, seus amigos também foram
construindo suas casas e seus comércios, aumentando a população do povoado. E
em 21 de abril de 1943 num domingo de páscoa, foi realizada a primeira feira
livre, localizada na praça da matriz á sombra de um umbuzeiro, onde era
comercializado vários produtos tais como: couro, carnes, animais, farinha de
mandioca, feijão, esteiras, chapéus, cestos, ovos, doces e outros. As primeiras
casas foram sendo construídas e logo a vila era formada. A maioria dos
mantimentos eram trazidos de Jacobina em lombos dos animais (burros), único
meio de transporte naquela época, de onde vinham, óleo, café, trigo tecidos e
outros. O serviço de entregas de correspondências também era realizado desta
maneira. Logo surgem os primeiros carros, e foram recebidos com espanto pela
comunidade, o primeiro morador a possuir um caro foi o Sr. Jove de Félix, em
1950, e Etelvino Carneiro a possuir o primeiro caminhão da cidade. A enegia a
motor foi instalada e com ela novos avanços surgiram como o primeiro rádio que
pertenceu ao Sr. Etelvino Carneiro, trazido do Sul da Bahia, e a primeira
televisão pertencida a Dalberto Lima, adquirida em Jacobina em 1972.
Despertando a curiosidade dos munícipes que vinham assistir a novela
"Cavalo de aço", que passava na época. Em 1962, Serrolândia é emancipada e o povoado de Quixabeira que até então
pertencia a Jacobina, é anexada a esse novo município. Alguns anos depois, já
no final da década de 70, o então vereador Raulindo de Araujo Rios, apresenta
um projeto na Câmara Municipal de Vereadores de Serrolândia de elevar o povoado
à condição de distrito, o que veio a acontecer em 1978. O mesmo vereador, junto
com outros vereadores da época e vários membros da sociedade, em 1980, travou
uma batalha na Assembleia Legislativa da Bahia para emancipar Quixabeira. Nove anos depois acontece o plebiscito onde o povo diz sim à emancipação. No
dia 14 de junho de 1989, sob a lei 5.019/89, Quixabeira é desmembrada do
território de Serrolândia e torna-se município, 46 anos depois de sua fundação.
Em 15 de novembro de 1989 houve a primeira eleição com 2.534 eleitores, onde
Raulindo Rios foi eleito prefeito. Foram 34 candidatos a vereador, 9 deles
eleitos: Edário Pereira de Sousa, Alcivan Perreira de Sousa , Francisco Ribeiro
da Silva, Carlito Oliveira Ribeiro Rios, Genézio Novais de Sena, Elias Felix
Oliveira, Juceli Barbosa de Oliveira, Joel dos Santos e Julio Sousa Silva. O
mandato de Raulindo Rios, primeiro prefeito, foi de 1989 a 1991. Seguido por
Lídio Ribeiro (1992 a 1995), Raulindo Rios novamente, em dois mandatos (1996 a
1999, e 2000 a 2004) e Mário Alves de Lima (2004-2008). O atual prefeito é
Eliezer Costa, que tomou posse em 2009. Distritos e
povoados
O municipio de Quixabeira é constituído de dois distritos, o distrito
sede e o distrito de Jaboticaba, além de seis importantes povoados: Alto do
Capim, Baixa Grande, Campo Verde, Cova do Anjo, Ramal e Várzea do Canto.
Distrito de Jaboticaba
Surgiu em 1954, fundada pelo senhor Manoel Avelino. Localiza-se a três
quilômetros da margem do rio Jacuípe, sendo isso o maior motivo do crescimento
e do desenvolvimento desse distrito. Sua economia é baseada na agricultura,
como o cultivo de frutas, verduras e hortaliças, além da piscicultura. Em
Jaboticaba existem várias associações, que incentivam a busca por melhores
condições de trabalho e de vida, como a Associação de Apicultores da região de
Quixabeira, a APPJ (Associação de Pequenos Produtores de Jaboticaba),
Associação de pescadores, Projeto Conviver, entre outros. O distrito também tem
a importante presença da Escola Família Agrícola, fundada em 1994, e atualmente
atendendo a 214 alunos do Ensino Fundamental e da Educação Profissional Técnica
de Nível Médio em Agropecuária Integrada ao Ensino Médio, estudando
principalmente a realidade agropecuária. A escola tem uma abrangência de 25
municípios, dentre estes, os 14 que compõem o CODES Bacia do Jacuípe, 59
comunidades e 136 famílias sendo beneficiadas. É apoiada por projetos
italianos, como Mägis, Coperazione Itliana, que ajudam a manter projetos como
zootecnia, engenharia, administração, oleicultura, caprino cultura de leite e
de corte, apicultura, avicultura e reflorestamento. A escola possui biblioteca,
laboratório, sala de informática, auditório, oficina hidráulica e foi implantada
pelo Pe. Xavier Nichele
Povoado de Alto do Capim
Surgiu em 1967, tendo como primeiros moradores os senhores Davino Juvêncio,
Anerina Maria de Jesus, Leonarda. O lugar é bem rico culturalmente e possui
diversas manifestações artísticas, como o trançado, confeccionado pelo senhor
José Lúcio dos Santos, responsável pela produção de balaios, cestas, caçoás,
manzoá (cesta para pesca), entre outros. E a produção de esteiras, vassouras,
capangas, derivados da palha, e realizado pelas senhoras Dezinha e Dete de
Rafael. Tem também sambistas e repentistas, com os senhores Nelcir de Souza e
Liquinho, que tocam samba de crioula, e usam instrumentos como violão,
cavaquinho, pandeiro, prato e cuia. O distrito possui cerca de 1.500
habitantes.
Povoado de Baixa Grande
Surgiu em 1970, fundado pelos senhores Keninho, João de Jorge, Adelino Alves de
Lima e João Jorge dos Santos. Conhecido como a "terra do beiju",
produto típico da região, Baixa Grande tem como principal meio de subsistência
o trabalho rural. Lá existem algumas associações, como a Casa do Beiju, Casa de
farinha Comunitária, Associação Comunitária de Agricultores Rurais, Fábrica de
Doces, entre outros.
Povoado de Campo Verde
O povoado de Campo verde surgiu em 1964, tendo como seus fundadores os
senhores: Franscisco de Araújo, José Maurício de Araújo, Tadeu Araújo, Trajano
Neto, entre outros. Foi um dos primeiros distritos da cidade. Deu-se o nome de
Campo Verde devido os campos que rodeiam o distrito. Também em 1964 foi
construída a Igreja Adventista, motivo que contribuiu para o crescimento do
local, pois ao invés de morarem em locais isolados as pessoas passaram a povoar
um mesmo ponto. Possui cerca de 700 habitantes.
Povoado de Ramal
Surgiu no ano de 1967, um ano antes da construção da BR-324
(Salvador-Jacobina-Salvador), que atravessa a área do povoado, que por sua vez,
cresceu ao redor dela. Fica à 9 km da sede, e pode ser considerado como a
entrada da cidade, já que é por meio dele que se chega ao centro do município e
consequentemente aos demais povoados. Possui cerca de 600 habitantes.
Fonte: wikipedia |