A queda de uma aeronave de pequeno porte no Campo de Marte, na zona norte paulistana, deixou um morto no começo da noite deste domingo, 29. Dos sete ocupantes do avião, quatro foram arremessados para fora e três tiveram de ser retirados das ferragens. O piloto não resistiu aos ferimentos. O avião partiu de Videira (SC), a aproximadamente 380 quilômetros de Florianópolis, e pertencia a uma empresa do setor de embalagens plásticas. As causas do acidente ainda serão investigadas. Uma das vítimas teve trauma de face, com quadro de saúde mais delicado, e foi encaminhada para o Hospital das Clínicas. As outras cinco vítimas, em estado de saúde menos grave, tiveram escoriações e traumatismo cranioencefálico leve. As identidades não foram divulgadas pelos bombeiros. Elas foram encaminhadas para outros hospitais públicos e privados da capital. De acordo com a TV Band, o avião arremeteu três vezes, se chocou com o solo na pista de pousos e decolagens e depois houve uma explosão. O acidente ocorreu pouco depois das 18 horas. No total, nove viaturas e 27 agentes dos Bombeiros foram mobilizados para apagar as chamas. Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros Marcos Palumbo, foi necessária uma hora para retirar as ferragens e conseguir remover a vítima que teve trauma de face e está em condição mais grave. O jornal O Estado de S.Paulo não conseguiu localizar neste domingo representantes da Videplast, empresa proprietária da aeronave bimotor, do tipo BE9L e modelo C90GTI. Conforme as informações no registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o equipamento era de 2008 e tinha situação normal. Um dos cinco sócios da empresa, Eliandro Pazin, confirmou à Agência Brasil que estavam a bordo os dois fundadores da companhia, Nereu Denardi e Geraldo Denardi, que são irmãos; o coordenador da empresa, Aguinaldo Nunes, e o filho de Nereu, de 17 anos. Apuração Por nota, a Força Aérea Brasileira (FAB) informou neste domingo que agentes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) realizaram ação inicial da ocorrência. Esse é o começo do processo de apuração, com o objetivo de coletar dados, fotografar cenas, retirar partes da aeronave, reunir documentos e ouvir relatos de testemunhas. Esse trabalho tem o objetivo de prevenir novos acidentes com as mesmas características. O vigilante Jociélio Alcélio da Silva, de 39 anos, disse que estava passando em uma rua perto do Campo de Marte quando ouviu o estrondo causado pela queda da aeronave. "Levei um susto", contou. Áudios e relatos de testemunhas, de acordo com Palumbo, têm sido enviados aos Bombeiros para relatar o momento do acidente. Segundo o consultor em aviação Roberto Peterka, o piloto de outro avião, que estava na cabeceira, viu a chegada da aeronave da Videplast. O trem de pouso não estava correto, de acordo com esse relato. O piloto teria arremetido, mas perdeu o controle por baixa velocidade. "A tendência (com a velocidade reduzida) é de uma das asas baixar", explicou. De acordo com Peterka, a asa deve ter batido no chão e, por isso, o avião virou. Esse impacto pode ter produzido faíscas e causado a explosão. "Mas ainda não se tem como saber a extensão do problema", disse ele. |