Uma
quadrilha formada por sete baianos, quatro homens e três mulheres, que agia em
micaretas e outras festas do gênero, foi presa, na madrugada de terça-feira
(23), em Fortaleza, no Ceará. O grupo tinha uma especialidade: furto de
telefones celulares e câmeras digitais durante grandes shows. A polícia
apreendeu 32 aparelhos celulares e iPhones, além de outros objetos de valor
furtados das vítimas.
A
gangue estava hospedada em um hotel, na Praia de Iracema, desde o último sábado
(20), e pretendia praticar furtos durante o Fortal, mas começou a agir durante
a madrugada no show da dupla sertaneja Jorge e Mateus, realizado, no Mucuripe
Club, na terça.
Operação
A
primeira prisão e apreensão ocorreu ainda dentro do clube, quando os seguranças
perceberam a ação dos ladrões e chamaram a Polícia. Segundo informações do
inspetor, um casal foi detido e 20 celulares apreendidos. Fábio Bernardo
Dantas, 32; e Adneia Lima da Silva, 25, foram encaminhados ao plantão do 34º
DP. A mulher utilizava uma espécie de cinta por baixo da roupa para esconder os
aparelhos roubados, enquanto o homem agia na festa furtando os celulares e
câmeras.
A
equipe do 34º DP foi ao hotel onde o casal estava hospedado e descobriu que
outros baianos estavam alojados ali e que também vieram a Fortaleza praticar os
furtos durante shows e a micareta. No quarto do casal não foram encontrados
mais aparelhos, porém, onde os companheiros de viagens estavam dormindo foram
encontrados mais 12 celulares. Foi, então, efetuada a prisão de mais duas
mulheres e três homens. Marcelo de Jesus da Silva,26; Leonardo Moreira da
Silva, 30; Sheila Rodrigues Bonfim, 27; Ana Lurdes Maria Leal, 35; e Jackson da
Silva Barreto, 35, foram encaminhados também ao 34º DP.
Segundo
informações da Polícia, o grupo era especialista em furtar objetos do público
em grandes eventos. Atacavam as pessoas que estavam filmando e/ou fotografando
os artistas com celulares caros, principalmente iPhones. Depois que a quadrilha
escolhia as vítimas, um homem furtava o celular de maneira discreta e entregava
rapidamente à mulher. Quando as vítimas percebiam a situação, chegavam
mais três homens e começavam um empurra-empurra para que fosse impossível para
a vítima identificar os ladrões.
Ainda de acordo com a Polícia, o grupo viajava para festas em outros
Estados somente para cometer os crimes. Um comerciante que trabalha próximo ao
hotel informou à Polícia que os criminosos procuraram o comércio para comprar
etiquetas. O material seria colocado nos aparelhos para simular que o grupo
trabalhava com manutenção de eletrônicos. Adneia responde por um homicídio na
Bahia e foi transferida para a Delegacia de Capturas e Polinter. Mais de 40
pessoas foram ao 34º DP, com notas fiscais, para buscar seus aparelhos e
câmeras.
Fonte: Diário do Nordeste
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