Apesar de Roger Abdelmassih ter sido condenado pelo estupro de 37 mulheres, o número de pessoas prejudicadas pelo ex-médico pode chegar aos milhares. “Cerca de 20 mil pessoas foram vítimas, segundo levantamento do MP”, disse o promotor Roberto Senise Lisboa ao G1. De acordo com a Promotoria do Consumidor, o acusado obrigava mulheres que queriam engravidar a assinar autorizações para exames enquanto elas estavam sedadas, além de não fornecer o resultados de testes e outras informações. Lisboa explicou que as ex-pacientes das clínicas de reprodução humana de Abdelmassih podem entrar com ações individuais para pedir indenização por danos físicos e morais – já que, por entendimento da Justiça de São Paulo, as ações não podem ser feitas de maneira coletiva pelo Ministério Público (MP). Roger passou ser conhecido pela imprensa na década de 1990. Em um luxuoso consultório na capital do estado, ele recebia celebridades que tinham dificuldades em gerar filhos. Após denúncias de abusos sexuais contra funcionárias e pacientes, ele foi condenado a pena de 278 anos de prisão. Ele estava foragido desde então mas foi preso na última terça-feira (19) no Paraguai, onde morava com a mulher e os filhos. Apesar de negar os crimes, ele ainda é investigado por outros 26 casos.
Fonte: BN |