A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) anunciou uma paralisação nacional dos professores da rede pública de ensino nesta terça-feira (16).
Os professores reivindicam o cumprimento do piso salarial profissional nacional (PSPN), que não é respeitado em todos os estados do país e a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que está em tramitação no Congresso Nacional.
O piso salarial da categoria, estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC), é de R$ 1.187,08. Distrito Federal, São Paulo e Acre remuneram os professores de acordo com o valor definido pela CNTE, que é de R$1.597,87. Porém, na região Nordeste, por exemplo, sete estados pagam menos que o piso salarial aos professores com nível médio. No Ceará, os concursados recebem R$ 739,84. Segundo a CNTE, os gestores públicos alegam a falta de verba para justificar o não cumprimento do piso salarial.
O presidente da Confederação, Roberto Leão, discorda: "Os estados e municípios recebem a verba do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) e os municípios que comprovarem que, ainda assim, não possuem recursos suficientes para pagar dignamente os professores, recebem complementação do MEC. O que prejudica o pagamento dos docentes é a má gestão e o desvio de dinheiro público”.