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Maria Lúcia Lima da Silva, de 50 anos, estava na sala dos
professores quando foi surpreendida; professores e alunos viram o crime.
Era
início da tarde desta segunda-feira (02) quando alunos da Escola
Municipal 19 de Abril, no povoado Aldeia, zona rural da cidade de
Junqueiro, distante 104 quilômetros de Maceió, aguardavam o começo das
aulas. Alguns
professores já haviam chegado e também esperavam o toque para iniciar
os trabalhos escolares. Tudo parecia correr tranquilamente, quando dois
homens encapuzados chegaram numa motocicleta. Um ficou na porta à
espreita e o outro, armado, entrou no prédio escolar.
Na
sala dos professores, diante dos olhos de alunos e profissionais, o
homem deflagrou tiros contra a professora Maria Lúcia Lima da Silva, de
50 anos, que morreu na hora.
Depois
de executar a professora com cerca de dois tiros, ambos fugiram na
motocicleta, de modelo e placa não anotadas. O desespero tomou conta
dos alunos que começaram a correr e gritar pelas dependências da
escola. Segundo investigações, os homens foram vistos na unidade
escolar outras duas vezes.
Ainda
não se sabe o que teria motivado o assassinato, no entanto, a polícia
acredita em crime passional. Policiais do 3º Batalhão da Polícia
Militar foram acionados, fizeram diligências na tentativa de capturar
os suspeitos, mas não obtiveram êxito.
O
Instituto de Criminalística (IC) e o Instituto Médico Arapiraca (IML)
foram acionados para periciar e remover o corpo, respectivamente. O
caso será investigado pelo 80º Distrito Policial de Junqueiro.
Sinteal lamenta morte de professora e cobra segurança nas escolas
A
ex-presidente e uma das diretoras do Sindicato dos Trabalhadores em
Educação de Alagoas (Sinteal), Girlene Lázaro, lamentou o fato e disse
que o sindicato vai prestar solidariedade à família da professora
assassinada.
"Até
onde vamos parar com a falta de segurança neste estado? É um absurdo,
um profissional, seja qual for, ser morto no exercício de sua
profissão. Ainda mais num espaço educativo onde tem crianças e jovens”,
declarou, indignada, a sindicalista. |