A prefeitura de Ipirá, á 204 quilômetros de Salvador, descobriu um esquema de fraude no Seguro Desemprego, realizado por servidores do SINE Municipal Ponto Cidadão. O caso já está sendo apurado pela Assessoria Jurídica do Município e também foi comunicado ao Ministério do Trabalho e Emprego, Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF) para que adotem as providências necessárias.
Pelo menos quatro servidores da prefeitura de Ipirá, que trabalhavam no Ponto Cidadão, são suspeitos de desviarem dinheiro do seguro desemprego através de fraude. Eles foram afastados de suas funções, mas os nomes são mantidos em sigilo. Através de denúncias feitas por uma das servidoras, também afastada do Ponto Cidadão, que teve sua senha de digitação furtada, o prefeito Ademildo Almeida foi informado de que servidores com acesso ao sistema do Ministério do Trabalho estariam alterando os valores a serem pagos pelo Seguro Desemprego mediante suposto pagamento de “propina”.
O esquema funcionava da seguinte forma, o servidor responsável pelo seguro, inseria dados falsos no sistema sobre dispensa de empregados ou majoração de valores de salário, visando aumentar o valor da parcela do benefício social. De acordo com o chefe de gabinete da prefeitura Ivo Barreto, foi aberta uma sindicância para apurar os fatos. Ivo Barreto não quis revelar nomes, pois segundo ele, as investigações ainda não foram concluídas, e aos servidores apontados compete o direito à ampla defesa.
Sobre possíveis alterações feitas nos valores do Seguro Desemprego para pagamentos indevidos, como se trata de verba federal, o fato foi comunicado à Polícia Federal, MPF e Ministério do Trabalho e Emprego, além da própria Assessoria Jurídica da Prefeitura de Ipirá.
No que se refere à responsabilidade da prefeitura, o advogado e chefe de gabinete da prefeitura de Ipirá, Ivo Barreto informou que todas as medidas cabíveis foram adotadas. O chefe de gabinete afirmou que a administração de Ademildo Almeida “preza pela transparência e lisura na utilização do dinheiro público”. Matéria de Cristina Villarino, da Tribuna da Bahia. |