Prefeitos de cidades que registrarem piora nos índices de
qualidade da educação podem ficar inelegíveis por cinco anos caso seja aprovada
a Lei de Responsabilidade Educacional, cujo texto deve ser apresentado nesta
quarta-feira (11), na Câmara Federal. O não cumprimento do gasto mínimo de
investimento na área e de critérios sobre infra-estruturar também poderão ser
enquadrados na legislação. No Senado, o texto do Plano Nacional de
Educação (PNE), que pode ir a plenário nesta terça (10), ganhou trecho que fala
da responsabilidade de gestores em caso de não cumprimento das metas. "A
experiência ensina que, no Brasil, se não há responsabilização, as metas se
transformam em farsa", disse o relator do PNE no Senado, Alvaro Dias
(PSDB-PR). Já o texto que deve ser apresentado na Câmara estipula o Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) como critério, o que divide opiniões.
"Nenhum prefeito poderá permitir o retrocesso até atingir a meta do
PNE", diz o relator, deputado Raul Henry (PMDB-PE). "Temos uma péssima
realidade da educação, e as vítimas não percebem que são vítimas porque não há
pressão pela qualidade", completa. Quase mil municípios, que
representam 17% do total, apresentaram retrocesso no Ideb 2011 no último ciclo
do ensino fundamental. O projeto não prevê metas para o ensino médio, uma vez
que no nessa fase o índice é por amostra. |