A Polícia Federal (PF) multou 16 bancos em R$
5,579 milhões por falhas na segurança de agências e postos de atendimento
bancário. Segundo a PF, as instituições financeiras descumpriram normas
nacionais de segurança e a lei federal de 1983 que regula o assunto. Os
bancos foram multados quinta-feira (25), mas a punição só foi divulgada nesta
segunda-feira (29). As principais irregularidades encontradas foram número
insuficiente de vigilantes, alarmes inoperantes, planos de segurança não
renovados, transporte de valores feito por bancários, inauguração de agências
sem plano de segurança aprovado pela Polícia Federal e obstrução da
fiscalização de policiais federais. Multado em R$ 2,130 milhões, o Banco
do Brasil sofreu a maior punição. Em seguida, vieram o Santander (R$ 1,064
milhão), o Itaú (R$ 876 mil), o Bradesco (R$ 776 mil), a Caixa Econômica
Federal (R$ 315 mil) e o HSBC (R$ 150 mil). Empresas de segurança, vigilância,
transporte de valores e cursos de formação de vigilantes também foram multados.
Em nota, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo
Financeiro (Contraf), entidade que representa os funcionários das instituições
financeiras, diz que os bancos continuam tratando com profundo descaso a
segurança dos estabelecimentos, mesmo com a lei sobre o tema em vigor há 30
anos. Segundo a entidade, o problema pode piorar com a decisão de vários bancos
de estender o horário de funcionamento das agências até as 20h. De acordo
com a Contraf, os bancos gastaram R$ 3,1 bilhões em segurança e vigilância no
ano passado, o que representa apenas 6,1% do lucro de R$ 51,3 bilhões obtido
pelas seis maiores instituições financeiras do país no ano passado. Em comunicado, a Federação Brasileira de Bancos
(Febraban) contestou os números e alegou que o valor investido no setor no ano
passado somou R$ 10 bilhões, tanto em segurança física como eletrônica. A
Febraban ressaltou ainda que o valor aplicado pelas multas se refere a 460
processos, a maioria de 2008 a 2010, que foram julgados somente agora. A
entidade argumentou ainda que as falhas identificadas pela Polícia Federal
foram corrigidas no próprio ano em que os processos foram abertos. Segundo a
Febraban, os problemas são pontuais e não refletem o padrão de segurança nas
agências em todo o país. Fonte:Agencia Brasil |