A Polícia Civil
localizou a arma utilizada por Evanderly de Oliveira Lima para matar a tiros a
juíza Glauciane Chaves de Melo, de 42 anos. O crime ocorreu na manhã
desta sexta-feira (7), dentro do Fórum de Alto Taquari (479 km ao Sul de
Cuiabá).
O revólver, calibre 38, foi encontrado no
gramado do Fórum, provavelmente jogado pelo suspeito do crime, no momento da
fuga.
A juíza foi atingida por dois disparos. O
corpo será trazido para Cuiabá para passar pela necropsia, no Instituto Médico
Legal (IML). Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, toda a
região está cercada, para evitar que o acusado, ex-marido da vítima, fuja.
Policiais civis e militares de toda a
região foram deslocados para o município de Alto Taquari, para auxiliar nas
buscas, que contam com o apoio do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Segundo informações do Tribunal de Justiça,
o contrato de união estável firmado entre o casal foi dissolvido em 21 de
janeiro de 2013, mas eles estavam separados desde 10 de dezembro de 2012. O
casal não tinha filhos. Evanderly, que também era de Belo Horizonte (MG),
trabalha como enfermeiro do Hospital Municipal de Alto Taquari.
Segundo informações de servidores, o
enfermeiro entrou no gabinete da magistrada, ao qual tinha livre acesso, e teve
início uma discussão.
Logo depois, foram ouvidos disparos. O
acusado fugiu correndo do local, a pé. O segurança do Fórum chegou a
persegui-lo e fazer alguns disparos na direção dele, que se escondeu entrando
em um matagal.
O presidente da Associação Mato-grossense
de Magistrados (Amam), desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, designou o
juiz José Arimatéa Neves Costa, da Comissão de Prerrogativas, para acompanhar o
caso.
Lugar tranquilo
A juíza Glauciane Chaves de Melo residia em
Belo Horizonte (MG), até tomar posse como juíza em Mato Grosso, em 15 de junho
de 2012.
A entrada em exercício no cargo ocorreu no
dia 18. Classificada em 20º lugar no concurso público, ela escolheu a Comarca
de Alto Taquari para atuar.
De acordo com as informações, por ocasião
da escolha da cidade do Sul de Mato Grosso, a magistrada informou que levou em
consideração, além da indicação de amigos, algumas informações sobre a comarca,
que ela considerava estar em franco desenvolvimento e, apesar disso, ser uma
comarca tranqüila, com um bom número de servidores.
Mesmo se mudando para Mato Grosso, ela não
perdeu contato com os amigos que deixou em Belo Horizonte, e sempre trocava
e-mails com informações sobre novas jurisprudências e artigos jurídicos para
mantê-la atualizada. Fonte: Noticia Livre |