Os assaltantes Ivan Matta dos Santos, 27 anos, Ronaldo Maurício Sena, 38, Vandério de Jesus Santos 28, e Marcelo Jackson Peixoto Santos, 29, acusados do assassinato de Luiz Alberto Mota Moura – encontrado com dois tiros na cabeça, dia 22 de setembro, na Baixinha de São Gonçalo do Retiro – , assessor do vereador Henrique Carballal, foram apresentados à imprensa, pelo diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, delegado Artur Gallas, pela coordenadora das investigações, delegada Francineide Moura, e pelos delegados Márcio Alan e Mariana Ouais, na manhã desta terça-feira (11), no edifício-sede do DPHPP, na Pituba.

Com estas prisões, a Polícia Civil solucionou também o homicídio de Jorge Luís Abreu, proprietário da locadora de veículos Fast Car, na Avenida Paralela, assassinado com um tiro disparado pelo mesmo revólver calibre 38 usado para matar Luiz Alberto.

Conforme apurou a polícia, Jorge alugava veículos para os assaltantes, que utilizavam os carros em sequestros relâmpago. Ao abordar Luiz Alberto, há 20 dias, o grupo ocupava um Celta de cor vermelha, placa com numeração 1277, alugado irregularmente na Fast Car. Os bandidos decidiram matar o comerciante para não pagar uma dívida acumulada no valor de R$ 2,1 mil referente a locações de veículos. Em 23 de setembro, Jorge Luís Abreu foi encontrado morto em um terreno no Centro Industrial de Aratu (CIA).

Localizado pela polícia em 30 de setembro, nas imediações da Avenida Barros Reis, Vandério foi o primeiro dos quatro criminosos capturados. Os investigadores do DHPP chegaram até Ivan e Ronaldo dia 5 de outubro, na mesma região, enquanto Marcelo Jackson Peixoto Santos se apresentou ao DHPP em 7 de outubro.

Na noite de 21 de setembro, Luiz Alberto foi abordado por Ivan, Ronaldo e Vandério num trecho da Avenida Barros Reis, próximo à Rótula do Abacaxi. Segundo afirmaram em depoimentos, a intenção era sequestrar o assessor e obrigá-lo a fazer saques em caixas eletrônicos. A delegada Francineide Moura afirmou que a iniciativa do assassinato partiu de Vandério, que declarou ter matado Luiz Alberto porque este o teria olhado insistentemente.

Combustível

Com o cartão bancário da vítima, Ivan, Ronaldo e Vandério, em companhia de Marcelo Jackson, fizeram compras e efetuaram saques no valor de R$ 3 mil. O grupo também usou o cartão de débito para simular a aquisição de combustível, golpe aplicado em outras oportunidades com a cumplicidade de frentistas de alguns postos.

Segundo as investigações, o esquema consistia em simular o abastecimento do veículo, cobrar a falsa transação em débito automático e repassar o valor em espécie aos assaltantes. Parte do dinheiro era embolsada pelos frentistas, alguns deles já interrogados. Imagens da ação do grupo num supermercado e num posto de combustível foram registradas por câmeras de segurança.

Em 22 de setembro, Luiz Alberto foi encontrado morto, com dois tiros na cabeça, em um terreno na entrada da Baixinha do Retiro, próximo à garagem de uma empresa de ônibus. O carro da vítima, um Gol preto, de placa JSG-9398, foi localizado pelos policiais em um conjunto residencial, no bairro da Federação. Durante a apresentação dos criminosos no DHPP, foram mostrados o revólver calibre 38 e objetos pessoais da vítima, como agenda, óculos esporte, celular e máquina digital, além das imagens captadas em estabelecimentos visitados pelo grupo.

Fonte: SSP/BA