O Bel. José Adriano da Silva, Delegado
de Polícia de Mundo Novo e que também responde por Tapiramutá em
entrevista na tarde desta
segunda-feira, 16 relatou que uma Professora de nome Luciana da Silva
Sampaio, 34 anos, moradora de Piritiba, casada há 10 anos, em novembro
do ano passado achou que estava grávida e fez alguns exames de
ultra-som, confirmando a não gravidez, não revelou a seu esposo e nem a
sua família o resultado do exame, mantendo na família a expectativa de
uma gestação. No desejo desesperado de ter um filho, passou a procurar
uma jovem que estivesse grávida e disposta a doar a criança, o detalhe
é que a pessoa deveria estar gestante pelo mesmo período em que ela
vinha forjando a sua gravidez. Luciana passou a visitar a zona rural em
busca dessa gestante.
No
distrito de Porto Feliz município de Piritiba, Luciana encontrou
Adriana Pereira Souza de 19 anos, gestante, mas que já havia firmado
compromisso com outra mulher para doar seu filho assim que nascesse por
não haver condições financeiras para criá-lo. Sabendo disso, Luciana
ofereceu R$1.000,00 para Adriana, além de continuar ajudando a sua
família a criar outro filho que Adriana possui, conseguindo assim,
assumir o acordo com a gestante que procurava.
A
partir desse momento, Luciana foi maquinando este plano, foi a Piritiba
com Adriana e tirou uma foto da mesma colando em sua própria Carteira
de Identidade. A intenção era que Adriana ao dar entrada no hospital
para "dar a luz”, entregasse a Carteira de Identidade de Luciana, mas
com a foto de Adriana.
Este
plano foi levado em frente e Adriana estava sendo orientada por uma
terceira pessoa de nome Elitânia Maria Santos da Silva, que é
enfermeira na cidade de Piritiba e também em Tapiramutá. Esta
enfermeira orientou Adriana e Luciana a não entregarem a Carteira de
Identidade, que já havia sido adulterada, ao hospital, pois poderiam em
algum momento desconfiarem e aí então as duas poderiam ser presas.
Sugeriu que Adriana levasse a Certidão de Nascimento de Luciana para
ser entregue no dia de ter o bebê. A enfermeira combinou ainda com
Adriana e com Luciana, para serem as duas internadas no mesmo momento e
na mesma maternidade, onde ela estaria de plantão para viabilizar o
serviço.
Uma
quarta pessoa de nome Dulcinete Ferreira de Souza (Dulce) deu todo o
apoio logístico para este plano. Era a pessoa que levava Adriana para
fazer os exames de pré-natal na cidade de Piritiba. No dia do ter o
bebê Dulcinete encaminhou Adriana a maternidade entregando aos cuidados
da enfermeira Elitânia, além de também internar a pessoa de Luciana
alegando que a mesma não estava passando bem. Este internamento de
Luciana fazia parte do plano para que a mesma saísse da maternidade com
a criança.
A
movimentação na maternidade chamou a atenção de outras enfermeiras e do
diretor do hospital. Passaram então a constatar que havia algo errado.
Perceberam
que Luciana deu entrada na maternidade com a sua Certidão de Casamento
e Adriana deu entrada com a Certidão de Nascimento de Luciana, ou seja,
duas pessoas distintas com o mesmo nome e os mesmos dados.
A
idade de Luciana(34) que estava na Certidão de Nascimento que Adriana
entregou na maternidade não condizia com a aparência de Adriana(19),
que estava internada para dar a luz.
A
diretoria do hospital ligou para a polícia e a equipe de Dr. José
Adriano, delegado de polícia, constatou a veracidade do fato, efetuou a
princípio a prisão de Luciana e Adriana e logo após a prisão de
Elitânia e Dulcinete.
Adriana
a princípio está em prisão domiciliar, por não oferecer na delegacia de
Tapiramutá condições para acomodá-la com o bebê. As quatro presas estão
à disposição da Juíza de Mundo Novo. Adriana e Luciana serão
enquadradas nos Artigos 242; 288; 297; 299 e 307 do Código Penal
Brasileiro. Enquanto a Elitânia e Dulcinete no Art. 242. Fonte: opovoquersaber
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