Com 50
minutos de atraso, começou nesta quarta-feira (13/3) o terceiro dia do
julgamento do ex-policial Mizael Bispo, acusado de matar a ex-namorada Mércia
Nakashima em 2010. A primeira testemunha de defesa a ser ouvida é o perito da
Polícia Técnico-Científica Renato Pattoli. Ele coordenou os laudos e exames que
provam a participação dos réus no crime.
Segundo o
perito, os tiros que atingiram Mércia foram feitos de dentro do veículo de onde
ela foi morta. "Os disparos saíram da arma de alguém que também estava no
carro", disse, com convicção.
A defesa
do ex-policial investe em encontrar falhas na perícia, especificamente na terra
e na alga encontrada em um sapato de Mizael durante as análises. Segundo
estudos, o material pesquisado é o mesmo que existe na represa de Nazaré, onde
o corpo de Mércia Nakashima foi encontrado, em 11 de junho de 2010. "Se o
Mizael esteve no local, eu não sei, mas o sapato dele esteve", afirmou
Pattoli.
Entenda o caso
Mércia
Nakashima foi vista pela última vez no dia 23 de maio de 2010, após sair da
casa da avó, em Guarulhos. Após 18 dias, em 10 de junho, o carro da advogada -
um Honda Fit - foi encontrado no fundo de uma represa em Nazaré Paulista,
cidade vizinha a Guarulhos.
Na manhã
seguinte (11), o corpo de Mércia foi encontrado boiando na mesma represa em que
o veículo estava. De acordo com exames do Instituto Médico Legal (IML), a
certidão de óbito apontou morte por afogamento em 23 de maio. Ela tinha marcas
de balas no rosto e nas mãos e sofreu um desmaio antes de morrer.
Um
pescador afirmou que testemunhou em 23 de maio um carro ser abandonado na água.
Ele disse que ouviu gritos - não especificados se foram de homem ou mulher -
antes de o veículo submergir. A testemunha também informou que viu um homem
alto, mas não conseguiu identificar o rosto. Fonte: Correio Brasiliense |