Duas pessoas foram presas nesta quarta-feira (20)
durante uma operação da Polícia Federal (PF) para desarticular uma
quadrilha de estelionatários que deu prejuízo estimado em R$
3.731.342,60 às administradoras de cartão de crédito. O babalorixá Pai
Jadson de Oxossi da Bahia e outro homem identificado como F.L, 39 anos,
foram levados para a Superintendência da Polícia Federal na Bahia.
Ao todo são 18 mandados de prisão preventiva e oito
de busca e apreensão para serem cumpridos na Bahia, São Paulo,
Distrito Federal e Minas Gerais na a Operação Crédito Fácil. Os mandados
foram expedidos pela Justiça Estadual do Espírito Santo.
Em Salvador, foram cumpridos, ainda, três mandados
de busca e apreensão. Os presos serão ouvidos na . Os mentores das
fraudes ligavam para os clientes das administradoras de cartão de
crédito ou das empresas de telefonia, passando-se por empregados destas,
com a finalidade de conseguir os dados que precisavam para articular as
fraudes.
De posse dos dados pessoais de correntistas dos cartões
tais como CPF, data de nascimento, nome completo, número do cartão,
código de segurança, os líderes da Organização Criminosa ligavam na
central de atendimento de telemarketing das operadoras de cartão de
crédito, fazendo-se passar pelos verdadeiros clientes.
Durante a
ligação, os criminosos verificavam o valor disponível para crédito,
formas de parcelamento, juros cobrados, e em seguida faziam a
solicitação do empréstimo, informando uma outra conta para depósito que
fora aberta com documentos falsos. Os criminosos, na posse de documentos
falsos, iam até a agência bancária e retiravam o valor transferido pela
administradora do cartão para a referida conta falsa informada.
As
investigações tiveram início em agosto de 2010 pela Delegacia de
Repressão a Crimes Patrimoniais (DELEPAT) da Superintendência da Polícia
Federal no Espírito Santo, quando um grupo de estelionatários se
deslocou da Bahia para o Espírito Santo para operacionalizar fraudes que
já vinham praticando há vários anos.
No Espírito Santo, parte da
organização criminosa abriu contas bancárias com uso de documentos
falsos para receber créditos. A Área de Segurança Interna do Banco
verificou que os valores transferidos para as contas falsas são
originados de crédito pessoal, contratados fraudulentamente, sendo que
os canais de contratação utilizados pelos estelionatários são
Internetbank, Caixa Eletrônico e Central de Atendimento.
Durante a
investigação, detectou-se que nas diversas contas abertas pelo grupo,
vários documentos de identidade traziam fotografia da mesma pessoa,
algumas Carteiras de Identidade tinham o mesmo número de RG ou o mesmo
n.º da certidão de nascimento como documento de origem. Os principais
elementos da Organização Criminosa já têm passagem pela polícia, onde
foram autuados por crimes de estelionato, falsificação e uso de
documento falso.
A quadrilha aplicou em 20 estados do Brasil e no
Distrito Federal. Confira os estados: Bahia, Espírito Santo, São Paulo,
Minas Gerais, Sergipe, Rondônia, Rio Grande do Sul, Maranhão, Ceará,
Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Mato
Grosso, Paraíba, Paraná, Amazonas, Piauí, Goiás e Rio de Janeiro. na
Superintendência da Polícia Federal na Bahia. |