A Operação Beryllus, realizada pela Polícia Federal, prendeu 14 pessoas na Bahia. A maior parte dos 21 mandados de prisão, ocorreram no município de Campo Formoso, a 401 quilômetros de Salvador, onde 13 pessoas foram presas. Outros sete foram cumpridos no Rio de Janeiro e uma prisão ocorreu na cidade de Senhor do Bonfim, no Centro-Norte baiano. Todos os 31 mandados de busca e apreensão expedidos para a operação foram cumpridos e resultaram no confisco de pedras preciosas, principalmente esmeraldas, ametistas e citrilos. De acordo com o delegado responsável pela operação, Amaro Guimarães, ainda não há uma estimativa de quantos kilos foram apreendidos porque os policiais ainda estão realizando a pesagem dos minerais capturados. A Operação Beryllus teve início na manhã desta quarta-feira (5) em parceria com a Receita Federal e teve como objetivo desarticular a ação de uma quadrilha especializada no tráfico de pedras preciosas para países asiáticos, sobretudo a Índia. Os criminosos vendiam e exportavam os minerais intermediados por empresas do Rio de Janeiro. Os valores reais da transação eram subfaturados pela quadrilha, que supostamente utilizava documentos fiscais emitidos irregularmente pela Inspetoria da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia, em Senhor do Bonfim. Além disto, a organização também utilizava notas fiscais de pessoas que não estavam envolvidas na negociação e utilizavam casas de câmbios brasileiras e no exterior como auxílio na comercialização ilegal das pedras preciosas. Os garimpos investigados durante a Operação Beryllos também não possuem autorização do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O valor dos tributos sonegados pela quadrilha podem chegar a milhões de reais. O grupo vai responder pela prática de crimes ambientais, usurpação de patrimônio público da União, crimes tributários, descaminho, falsidade ideológica, receptação, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. |