O número de mulheres vítimas de homicídios no Brasil cresceu 21% nos últimos dez anos, período em que foram assassinadas 46.186 mulheres no país.
Os dados fazem parte do estudo "Mapa da Violência - Homicídio de Mulheres", divulgado nesta segunda-feira (9) em parceria com a ONU Mulheres, Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e Secretaria Especial de Políticas para Mulheres.
Destas mortes, a maioria foi causada intencionalmente por pessoas conhecidas da vítima, como familiares e parceiros.
Em 2003, foram registrados 3.937 homicídios de mulheres no país. Em 2013, ano das informações mais recentes disponíveis, o número de assassinatos de mulheres registrados passou para 4.762. Os dados foram tabulados com base nos registros do Sistema de Informações de Mortalidade, do Ministério da Saúde.
Isso leva o país a uma taxa de 4,8 homicídios a cada 100 mil mulheres -é a quinta mais alta em comparação a dados de outros 83 países, divulgados pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Neste sentido, o Brasil fica atrás apenas de El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia.
Se no país o crescimento no número de mulheres assassinadas é de 21%, em alguns Estados, o aumento é ainda maior – casos de Roraima e Paraíba, por exemplo, onde as taxas mais que triplicaram em dez anos.
O levantamento também traz dados sobre a ocorrência deste tipo de crime nas capitais do país. Vitória, Maceió, João Pessoa e Fortaleza lideram o ranking, com taxas acima de dez homicídios a cada 100 mil mulheres.
Em geral, o Nordeste é a região com maior crescimento nas taxas de homicídios de mulheres entre 2003 e 2013: 79,3%. Em seguida, está a região Norte, com 53,7% de aumento no período. |