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Boeing e a companhia aérea japonesa All Nippon Airways (ANA) anunciaram
nesta terça-feira que o 787 Dreamliner fez seu primeiro voo com
combustível sustentável. A aeronave utilizou um biocombustível feito
principalmente a partir de óleo de cozinha usado.
De acordo com a
Boeing, o voo de Everett, nos Estados Unidos, até Tóquio, no Japão,
emitiu cerca de 30% a menos de CO2, em comparação a um avião similar
movido a combustíveis fósseis. Destes 30%, apenas 10% seriam atribuídos
ao biocombustível, enquanto outros 20% seriam em decorrência da
tecnologia e eficiência da nova aeronave, que é construída com compostos
de carbono.
A Boeing pretende atingir crescimento com
neutralidade em emissão de carbono em 2020. Os combustíveis soltam na
atmosfera um CO2 que estava soterrado em nosso planeta há milhares de
anos. Apesar dos entraves, os biocombustíveis já são uma realidade e as
companhias aéreas já realizaram centenas de voos que mesclam
combustíveis biológicos e fósseis.
No início de março, a
aerolínea chilena LAN - em fase de fusão com a brasileira TAM para
formar a maior linha aérea da América Latina - a LATAM -, realizou com
êxito seu primeiro voo comercial com biocombustíveis fabricados com
resíduos de azeite vegetal refinado. O problema é que o biocombustivel é
dez vezes mais caro que o querosene e, para passar à escala industrial,
é preciso dispor da matéria-prima orgânica. |