Empossado no dia 1º de janeiro deste ano, o prefeito Amado Cunha (PR),
jamais imaginou que iria encontrar uma prefeitura tão cheia de problemas como a
do município de Nova Fátima, localizado às margens da BR-324, no Território da
Bacia do Jacuipe.
"Pensei que
estivesse pegando uma prefeitura em condições de administrar e não uma ‘caixa
preta’ de problemas a resolver. São mais de R$ 13 milhões entre ações
trabalhistas, débitos com INSS, Coelba, Embasa, telefone e servidores que
ficaram sem seus vencimentos”, desabafou o prefeito, que ameaça renunciar e
entregar o cargo ao vice-prefeito, caso perceba que a administração fique
inviabilizada diante de tantos problemas.
"Também
foram deixadas dividas com as agências do Bradesco e Banco do Brasil, além de
obras inacabadas, contas zeradas, veículos e maquinário sucateados. Vamos ter
que reconstruir a administração de Nova Fátima. Se eu não conseguir organizar a
prefeitura, não vou ficar no cargo. Estou aqui para administrar e não
atrapalhar. Se não for assim, não fico”, reforçou Amado.
Ainda não decolou
Amado Cunha
disse que já se passaram 60 dias e sua administração ainda não conseguiu
decolar por causa da situação em que ele encontrou a prefeitura de Nova Fátima.
"Ainda não conseguimos licitar nada e muito menos pagar os servidores que
ficaram sem receber seus vencimentos em dezembro, 1/3 de férias e o 13º salário
deixados pelo ex-prefeito petista”, pontuou.
"No período
de 2009 e 2012, também não foi cumprido pelo gestor anterior o parcelamento com
o INSS e hoje o débito supera a cifra de R$ 5 milhões, incluindo 14 parcelas
não cumpridas por ele”, relata o prefeito lembrando que o tripé de sua
administração está voltado para os setores de segurança pública, que é muito
critica no município, a saúde e a educação.
O ano letivo
em Nova Fátima teve inicio segunda-feira, dia 4. Amado Cunha disse que espera
que a comunidade volte a ser o que era antes do mandato do PT.
Negociar com INSS
O prefeito
de Nova Fátima informou ainda que, apesar das dificuldades, irá tenta
regularizar o debito com o INSS, através de uma nova renegociação com a
Previdência Social. "Trabalhei na gestão da ex-prefeita Regina por oito anos,
saímos e não deixamos nenhuma pendência. Espero fazer a mesma coisa agora”,
comparou.
Em relação
ao aniversário da cidade, que coincide com os festejos de São João, o prefeito
também comentou sobre o que prete4nde fazer. "Estamos para resolver, porque
estamos enfrentando uma seca sem precedentes e não sabemos como vai ficar a
receita até o mês de junho. Se tivermos que fazer a festa, iremos fazê-la de
acordo as condições da prefeitura para não comprometermos a receita do
município, bem como os setores da saúde, educação, e a manutenção das estradas
vicinais, que são prioridades em nossa administração”, explicou.
Fonte: Interior da Bahia |