Depois de uma série de desentendimentos e muita expectativa,
transcorreu na mais perfeita harmonia na manhã deste sábado (31), em
Ribeirão Preto, a 313 quilômetros de São Paulo, o casamento civil da
professora Sueli Casarotti, de 49 anos, e do pedreiro Antônio Mondim,
de 47. O casório, que estava marcado inicialmente para 17 de julho,
acabou sendo adiado porque o noivo desapareceu na véspera da cerimônia
levando suas roupas, R$ 19 mil, um carro e uma moto. Ele alegou ter ido
pescar.
Reconciliados, os noivos foram sorridentes e ansiosos ao 2º
Cartório de Ribeirão Preto, localizado na Vila Tibério, onde a imprensa
já os esperava desde cedo. O noivo chegou primeiro, acompanhado pelos
pais, que foram o pivô da discussão que resultou no adiamento do
casório. "Ela queria uma cerimônia mais secreta, mas dessa vez está
todo mundo convidado”, explicou Antônio.
Ele admitiu temer alguma represália da parte da noiva. "Eu dormi
tarde preparando os últimos detalhes. Estava um pouco preocupado. Só
espero que ela apareça”, afirmou o pedreiro. Poucos minutos depois,
Sueli, vestida de vermelho, chegou. "Isso [adiamento do casamento] não
era nem para ter acontecido. Nós sabemos o que decidimos. Foi tudo um
mal entendido”, disse. Para a cerimônia marcada para 17 de julho não havia festa prevista.
Porém, depois do incidente, os noivos resolveram comemorar. Eles usaram
o dinheiro que Antônio teria levado para organizar a confraternização.
"Vai ter churrasco e uma cervejinha”, contou Sueli.
As juras de amor do casal foram muitas. "Estou muito feliz”,
declarou a noiva. Antônio garantiu que não vai mais abandoná-la.”Não
largo mais de jeito nenhum. É o amor da minha vida”, garantiu.
Histórico do caso A confusão começou em 16
de julho quando, ao voltar do salão de beleza onde se preparava para o
casamento, Sueli constatou que as roupas do companheiro tinham sumido
do armário, junto com os seus bens. Ela foi até a delegacia para
registrar o caso.
No dia 21 de julho, o noivo Antônio Mondim foi ao 3º Distrito
Policial de Ribeirão Preto para prestar esclarecimentos e negou as
acusações. "Eu fui pescar”, disse o pedreiro na saída da delegacia. Em
seu depoimento, Mondim afirmou que havia discutido com a noiva no dia
anterior ao casamento e que eles desistiram da cerimônia. Ele afirmou
ter pego o dinheiro pensando que o montante equivalia apenas a sua
parte. Segundo ele, o carro é seu e a moto foi comprada em conjunto
pelo casal.
De acordo com a professora, o pedreiro voltou no dia marcado
inicialmente para o casamento, quando ela já tinha registrado o boletim
de ocorrência. Sueli disse que ambos estavam nervosos e, por isso, ela
preferiu não se casar mais na data prevista.
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