Cinco
famílias do Loteamento Beira Rio, na cidade de Mutuípe, correm risco de vida
por conta da ameaça de deslizamentos de terra na localidade. Segundo a
denunciante Luany Santana, de 21 anos, um pedreiro chegou a morrer soterrado
durante a construção que começou em agosto sem a autorização do Departamento
Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). O terreno está localizado na
BR 420 e precisaria ser fiscalizado pelo órgão.
Segundo a
assessoria do Departamento, a prefeitura loteou o terreno para particulares,
mas o local não comporta uma construção. Após vistoria, tanto a prefeitura como
os novos proprietários foram notificados. Agora, será necessária a reconstrução
do aterro e a saída das famílias da região. Inclusive, três edificações
precisarão ser demolidas. No entanto, Luany diz que as pessoas que moram na localidade
são carentes e não têm para onde ir. O motivo da doação do terreno e o que
seria construído no local é desconhecido.
Em
contato com o Bocão News, o prefeito de
Mutuípe, Carlos Cardoso (PT), se defende dizendo que o espaço não foi doado em
sua gestão e sim na de Antônio Felipe Neto (PT), falecido em fevereiro de 2012.
"Eu não sei ao certo porque ele doou. Acho que por falta de espaço na cidade. O
povo pressionou e ele cedeu o terreno. Mas eu fui pego de surpresa, não sei o
que iriam construir lá”, conta. Quanto às famílias, Cardoso afirma que
um grupo de assistência social fará um levantamento para saber quem pode alugar
imóveis. Quem não puder, será acolhido. "A prefeitura não tem condições de
alugar casa para todo mundo”, afirma.
De acordo
coma a Superintendência Regional do Dnit na Bahia, as obras de reconstrução vão
começar em uma semana e devem durar 30 dias. Enquanto isso, a pista está
intransitável o desvio sendo feito pelo Centro de Mutuípe. Placas serão
colocadas nas intercessões com a BR-101 e com a BR-116. Fonte: Bocão News |