Oitenta
e nove municípios baianos já decretaram situação de emergência por
causa da seca. Em quase todas as regiões do estado, os prejuízos se
multiplicam por causa da estiagem. A falta de chuva já provocou perdas
para centenas de pequenos produtores rurais. Quem vive na cidade também
está sofrendo com a falta de água. Na região de Feira de Santana, seis
cidades estão em situação de emergência desde setembro do ano passado
por causa da seca. Setenta por cento das plantações de milho, feijão e
mandioca já estão perdidos.
Em Juazeiro, no norte do
estado, nem a plantação de palma (planta tipica do semiárido) resistiu.
A estiagem já dura cerca de dez meses. Em Senhor do Bonfim, também no
norte do estado, onde foi decretada situação de emergência há dez
meses, mais de 15 mil pessoas da zona rural estão sem água. A produção
de leite e carne já caiu pela metade. Na cidade, a água só chega até as
casas em semanas alternadas. Esse racionamento também é feito em
Irecê, na região da Chapada Diamantina, onde os moradores há cinco
meses só tem água nas torneiras três dias por semana. A barragem de
Mirorós, que abastece catorze cidades baianas, está com apenas 9% da
capacidade. Na zona rural de Bello Campo, na região sudoeste, não chove
há um ano. O único açude da localidade está secando, só tem água na
cisterna.
Fonte: G1