Pela primeira vez na América do Sul, o Campeonato Mundial de Wrestling Junior vai proporcionar à Bahia mais do que o fortalecimento da economia baiana. A competição, que acontece no período de 11 a 16 deste mês, será fundamental para o desenvolvimento da educação no estado. Durante os dias 12, 13 e 14, atividades esportivas acontecem em cerca de 50 escolas estaduais e municipais de Salvador e região metropolitana, com a presença de lutadores da modalidade, popularmente conhecida como luta olímpica. 

A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (7), em entrevista coletiva que antecede o campeonato, no Centro Panamericano de Judô, localizado no município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). “Esse evento é muito importante para a Bahia, não só pela geração de emprego e renda. O mundial vai ser uma maneira de divulgar o estado para vários países", disse o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Álvaro Gomes. 

Segundo ele, como extensão do Campeonato de Wrestling também serão realizadas oficinas da modalidade em algumas escolas da rede pública. "A iniciativa faz parte de um projeto de inclusão social que estimula o esporte, que ajuda as pessoas a evoluírem e aumentarem a capacidade de aprendizado”. 

Aproximadamente 600 atletas, na faixa etária entre 18 e 20 anos, vão representar 59 países no Centro Pan-Americano de Judô, onde serão realizadas todas as lutas da competição. O Mundial deve potencializar a economia, gerando 350 empregos diretos. Com a chegada de mais de mil pessoas entre atletas e comissões técnicas, serão pagas mais de 400 diárias de ônibus, 2.600 diárias de hotéis e 12 mil refeições em apenas 14 dias (contando dos dias de desembarque até o encerramento do evento). O impacto será ainda mais positivo devido ao consumo dos 20 mil visitantes aguardados para acompanhar os confrontos. 

Para quem brilha na luta olímpica, como a atleta Joice Silva, medalha de ouro no Pan-Americano de Toronto, no Canadá, o apoio à modalidade garante melhores condições aos jovens lutadores que sonham em crescer no esporte. “Na minha época de iniciante não tinha todo esse suporte. Foi difícil conseguir me destacar. Agora, quem está começando tem um apoio importante, que vai garantir a chance de sucesso. Fico muito feliz em perceber a evolução do esporte em meu País”. 

Infraestrutura moderna 

A Bahia foi escolhida pela Confederação Mundial de Wrestling – organizadora do campeonato – por oferecer as melhores condições para a realização do evento durante a defesa da candidatura na cidade polonesa de Walzbrych, em março deste ano. Concorreram também importantes cidades do mundo, como Lausanne, na Suíça, Sofia, na Bulgária, além das capitais brasileiras Rio de Janeiro, Recife e São Paulo. 

“A Bahia é o grande palco para qualquer evento mundial pela beleza natural do estado e pelo povo hospitaleiro. Além disso, o projeto que foi apresentado realmente é muito bom. A localização geográfica também é um fator positivo, sem contar com o excelente Centro de Judô que os baianos possuem. Temos certeza de que, com tudo isso, vamos realizar um belo evento”, enfatizou o presidente da Confederação Brasileira de Wrestling, Pedro Gama. 

Centro Pan-Americano de Judô 

Inaugurado pelo Governo da Bahia em julho de 2014, o Centro Pan-Americano de Judô ocupa área de 20 mil metros quadrados e possui ginásio climatizado com oito áreas oficiais para treinamento e quatro para competição, com capacidade para cerca de duas mil pessoas, centro de preparação e recuperação física de atletas. 

O equipamento dispõe de área de estacionamento com 235 vagas, estrutura administrativa com restaurante, museu do judô, centro de capacitação profissional, auditório para 200 pessoas, sala vip, centro de treinamento, alojamento com dez suítes, 12 dormitórios duplos, oito quádruplos, sala de jogos, piscina, quadra poliesportiva e pista de corrida de 100 metros com quatro raias para aquecimento dos atletas.