A declaração
de mais uma suposta vítima da médica que provocou as mortes, em um polêmico
acidente de trânsito, de dois irmãos na última sexta-feira (11), em Salvador,
surge como mais um agravante à situação da oftalmologista Kátia Vargas Leal
Pereira, de 45 anos.
Durante a
caminhada realizada ontem (13), na Avenida Oceânica, em protesto à ocorrência
que vitimou fatalmente Emanuel Gomes Dias, 22 anos, e Emanuelle Gomes Dias, de
21 anos, um motociclista revelou à imprensa que, há aproximadamente um mês, a
médica de forma imprudente lhe deu uma "fechada”, quando transitava na Avenida
Paralela.
De acordo
com o motoboy, Emerson Costa Macedo, ela lhe ultrapassou pela direita, quando
ele havia sinalizado que iria encostar na via. "Eu fiquei quieto. Chegou mais à
frente, ela me cortou de novo”, relatou Macedo, acrescentando que,
inicialmente, pensou que fosse uma besteira, mas com o acontecimento desta
última sexta-feira, ele insinuou que a situação deve ser analisada de forma
diferente.
As delegadas
Acássia Nunes e Jussara Maia da 7ª Delegacia Territorial (Rio Vermelho), que
investigam a ocorrência que resultou nas mortes dos irmãos, concluíram que
Kátia Vargas teve a intenção de matá-los, após uma discussão por causa de um
problema no trânsito.
Na manhã desta
segunda-feira (14), a polícia realiza diligências no bairro de Ondina, onde o
casal morreu, tentando levantar informações que ajudem a desvendar o caso.
Baseados nas imagens reveladas por câmeras de segurança, policiais buscam no
local por um homem que fazia atividade física no momento da discussão de
trânsito e teria visto como tudo aconteceu. Além disso, a polícia
tenta identificar os dados da placa de um veículo que trafegava, logo atrás do
carro da médica, para localizar o motorista, que poderá contribui9r com mais
informações sobre a ocorrência. Em entrevista a equipe
de reportagem da TV Aratu, a delegada Jussara Maia informou que a médica será
autuada em flagrante assim que receber alta do Hospital Aliança, onde permanece
internada sob custódia policial. O advogado da acusada, Vivaldo Amaral, deu
entrada em um pedido de habeas corpus, na madrugada de ontem (12),
solicitando que a sua cliente responda pelo crime em liberdade. Fonte: Aratu Online |