Terminou em tumulto uma missa hoje (16) na Basílica de São Francisco
das Chagas, que fez parte da agenda de compromissos do candidato do
PSDB à Presidência da República, José Serra. No final de celebração, o
padre disse que eram mentirosos os panfletos que circulavam na igreja
afirmando que a candidata petista, Dilma Rousseff, era a favor do
aborto e tinha envolvimento com grupos terroristas como as Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).
O padre disse que aquelas mensagens estavam sendo
atribuídas à igreja, mas que ela não autorizava esse tipo de publicação
em seu nome.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que acompanhou a missa ao lado de
José Serra, se exaltou e afirmou que era um "padre petista” como aquele
que estava "causando problemas à igreja”.
Alguns partidários do tucano também se exaltaram e o padre saiu
escoltado por seguranças. Nenhum membro da administração da paróquia
confirmou o nome de padre. Disseram apenas que ele não era da cidade.
Militantes do PT, com bandeiras com o nome de Dilma, estavam na porta
da basílica na saída da missa. Houve um princípio de briga entre eles e
os militantes do PSDB.
O panfleto não assinado que circulou na igreja falava em três "grandes
motivos para não votar em Dilma”. O texto acusa a candidata de ter se
envolvido com as Farc, de ser favorável ao aborto e de envolvimento em
casos de corrupção na Casa Civil.
Durante a missa, a chegada de Serra e seus apoiadores causou um
tumulto. O padre pediu que os políticos não atrapalhassem o objetivo
principal da cerimônia, que era a adoração a São Francisco. No momento
da comunhão, muitos fiéis se aglomeraram em volta do candidato para
tirarem fotos, além de equipes da imprensa.
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