A merendeira Célia das Neves, agredida por um
policial militar durante protesto das escolas estaduais Luis Viana e Manuel
Vitorino, por causa dos salários atrasados da categoria nas duas unidades de
ensino, além de passar pelo constrangimento da agressão, foi desligada do
Colégio Manuel Vitorino. O comunicado foi feito pela vice-diretora da
instituição, Adelice Borges. A Empresa Líder, que presta serviços à Secretaria
Estadual da Saúde, está sendo substituída por atrasar recorrentemente o salário
dos trabalhadores.
Em entrevista ao Bocão News, a funcionária, emocionada, contou como foi o episódio em
que foi agredida por um policial militar.
"Estamos na
manifestação, quando minha filha, que estava protestando pacificamente, recebeu
spray de pimenta nos olhos e caiu desmaiada. Fui perguntar o porquê de fazerem
isso, e o policial me pegou pelo pescoço. Só pensava em minha filha, fiquei preocupada
com ela. Já tinham me prometido que eu ficaria fixa na escola, independente da
mudança da empresa. Agora, depois do que aconteceu, disseram que eu não vou
ficar”, declarou Célia das Neves.
A entidade que
representa a categoria, o Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da
Bahia (Sindilimp-BA), já procurou a Secretaria Estadual de Educação para
garantir a permanência da trabalhadora. Os diretos do sindicato já também
recorreram ao comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alfredo Castro, para
que o PM que agrediu seja devidamente identificado e punido. |