A polícia está investigando o mistério envolvendo
as mortes de um adolescente de 13 anos, um casal de policiais e duas outras
mulheres da mesma família em São Paulo. Todos os indícios estão sendo levados
em consideração pela investigação, incluindo a possibilidade do filho do casal
ter matado todos os familiares e praticado o suicídio em seguida. Muitos
indícios, que ainda intrigam os policiais, apontam como o autor das mortes o
menino de 13 anos, levantando assim, a hipótese de execução seguida de suicídio.
Porém, a família nega que o menino seja canhoto, livrando-o de ter atirado na
própria cabeça do lado esquerdo. Todas as vítimas foram mortas com tiros
na cabeça, partidos da mesma arma. Segundo a polícia, duas pistolas foram
apreendidas na casa onde aconteceu o crime. Um revólver calibre 32 estava na
mochila do menino próxima a uma porta da residência. Outra arma, uma pistola
calibre .40, de propriedade da Polícia Militar estava com a policial, que é mãe
do menino. O comandante da Polícia Militar de São Paulo, coronel Benedito
Roberto Meira, informou que exames de balística devem comprovar se os disparos
foram feitos pela pistola encontrada sob o corpo do garoto. O exame
toxicológico dos corpos também deve ser feito ainda nesta terça-feira (6) para
integrar ao conjunto de provas e perícias. "Será que essas pessoas tomaram
algum tipo de medicamento, alguma substância que as deixaram
adormecidas?", questionou o oficial. A polícia também está a procura
de quem estacionou o carro da família de PMs, um Corsa Classic prata, que foi
encontrado na rua onde estudava o menino de 13 anos. A escola fica a cerca de 5
km de distância do local do crime. Imagens de câmeras de segurança de ruas já
foram entregues à polícia, que irá buscar pistas sobre quem dirigiu o carro da
casa até a escola.
O CRIME:
O sargento da Rota Luís Marcelo Pesseguini, a cabo da PM Andréia Regina Bovo
Pesseguini, a mãe da policial militar, Benedita de Oliveira Bovo, de 67 anos, a
tia da policial, Bernadete Oliveira da Silva, de 55 anos, e o filho do casal,
de 13 anos, foram encontrados mortos dentro de uma casa no bairro de
Brasilândia, na Zona Norte de São Paulo, na tarde desta segunda-feira
(5). O sargento da Rota foi encontrado deitado na cama, Andréia Regina
estava ao lado, de joelhos, em uma posição como se estivesse dominada. O filho
estava próximo ao casal, com a arma sob o abdômen. As outras duas vítimas
estavam em outro quarto, embaixo de cobertores - a suspeita é que tenham sido
mortas enquanto dormiam. Todos os corpos já estavam com rigidez cadavérica
quando foram encontrados, o que significa que as vítimas estavam mortas há
algum tempo. Na casa não havia sinal de troca de tiros e a polícia não
investiga se o crime tenha sido uma retaliação de qualquer tipo de facção
criminosa, já que não há objetos revirados, nem sinal de arrombamento. Fonte: G1.com |