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10:13 AM
MÉDICOS PROTESTAM EM FRENTE À PREFEITURA DE SALVADOR
Em greve
desde o último dia 14, os médicos reguladores e intervencionistas do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prometem promover manifestação na manhã
desta terça-feira (21) em frente à Prefeitura, na Praça Municipal, em Salvador.
De acordo com o presidente do sindicato da categoria, Francisco Magalhães, o
objetivo é chamar a atenção do prefeito ACM Neto (DEM) e dos gestores da
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para o que ele avalia como "descaso” da
administração para com a saúde dos soteropolitanos.
A greve dos médicos do Samu foi mantida na assembleia da última quinta-feira
(16), quando a categoria voltou a avaliar as propostas da SMS, concluindo que
"não há seriedade na forma com que a gestão municipal vem tratando os problemas
do Samu, nem a necessária valorização do trabalho médico prestado à população”,
avalia Magalhães.
"A greve dos médicos é um recurso extremo, mas necessário, diante do
posicionamento do secretário Municipal de Saúde, José Antônio Rodrigues Alves,
que não se mostra sensível às reivindicações dos médicos. As propostas
apresentadas pelo secretário estão muito abaixo das necessidades dos
profissionais do Samu que, além dos baixos salários que recebem, ainda
enfrentam condições precárias de trabalho no cotidiano”, concluiu.
A categoria pede a implantação da isonomia salarial entre todos os vínculos
médicos, majorar a gratificação de 50% para 200% sobre o vencimento básico, além
de soluções para as "precárias condições de trabalho, os salários defasados e a
insuficiência do número de profissionais no atendimento à população”.
A SMS emitiu nota sobre as negociações com a categoria
A Secretaria Municipal da Saúde
esclarece que tem atendido o SAMU como uma categoria diferenciada, pela
especificidade das atividades e pelo acúmulo de problemas envolvendo o serviço,
como a defasagem salarial dos médicos e infra-estrutura precária.
Desde o início, houve uma
sensibilidade grande por parte da administração em promover melhorias que vão
desde a reforma dos equipamentos de trabalho à revisão dos salários. Neste
último quesito, após quatro rodadas de negociações, foi proposto dobrar o
pagamento da gratificação aos médicos, resultando em uma remuneração acima da
média nacional.
É importante salientar que antes mesmo de se
falar em paralisação foram identificadas pendências em relação pagamento da
insalubridade, à qual a categoria tinha direito. Isso foi providenciado e está
sendo pago de forma retroativa.
Todo esse conjunto de medidas
mostra o respeito e a valorização pelos profissionais do SAMU, mas ratificamos
a necessidade de que as discussões sejam conduzidas de forma a encontrar uma
solução equilibrada e sustentável.