Contrário aos vetos da presidenta Dilma Rousseff à
Lei do Ato Médico, mantidos pelo Congresso Nacional, o Conselho Federal de
Medicina (CFM) divulgou comunicado nesta quarta-feira (21). Diz que a decisão
dos parlamentares não amplia as competências e atribuições das outras 13
categorias da área da saúde.
A nota enfatiza que "os médicos continuam a
ser responsáveis pelo diagnóstico de doenças e prescrição de tratamentos, sendo
que os outros profissionais atuarão unicamente dentro do escopo de suas
respectivas legislações, conforme jurisprudência dos Tribunais
Superiores".
No comunicado, o CFM alerta que os profissionais de
saúde não médicos que fizerem diagnóstico e prescrição de doenças fora de
contextos específicos – determinados em programas de promoção da saúde, combate
e prevenção a doenças – devem ser denunciados às autoridades por exercício
ilegal da medicina, crime previsto no Código Penal, com penas que vão de seis
meses a dois anos de prisão.
Em julho, após a presidenta Dilma vetar trechos da
lei que dispõe sobre o exercício da medicina. O presidente do CFM, Roberto
d'Ávila, classificou a medida como uma agressão aos médicos. "Na nossa
visão [o Ato Médico] não significa mais nada. O veto fere de morte o projeto”,
avaliou à época d'Ávila, que também é contrário ao Programa Mais Médicos,
criado para levar profissionais a regiões carentes do país, como municípios do
interior e periferias das grandes cidades.
Os vetos presidenciais à Lei do Ato Médico foram
apreciados ontem (20) pelo Congresso Nacional. O assunto foi o que mais
causou tensão nos debates que se estenderam até as 22h de ontem (20). A maioria
dos 458 deputados e 70 senadores que participaram da sessão decidiu acatar os
vetos da presidenta Dilma Rousseff à matéria. Fonte: Itapoan Online |